As respostas simples podem ser redutoras, ouvi hoje.
Respostas simples podem não ser frutíferas mas podem, por vezes, constituir uma boa capacidade de resposta. Citando Fernando Pessoa “só os espíritos superficiais desligam a teoria da prática” isto porque, apesar das respostas serem simples e puderem resultar elas nunca estão (aliás nunca podem estar), desprovidas de validação de prática e conceptualização teórica. São os minutos que dedicamos às pessoas com que nos cruzamos que fazem a diferença. Os aprendentes permanentes (como definido por Field, 2008), são aqueles que ao longo da vida aprendem diariamente, que reconhecem que são transmissores de conhecimento e de esperança onde a prioridade é olhar a felicidade dos outros numa responsabilidade acrescida que temos como cidadão com cada um que nos cruzamos, reconhecendo, digo eu, que mais do existirem leis com um manancial de respostas, o legislador não pode impor, caso contrário muitas decisões seriam cegas e é no local da prática que cada docente tem que decidir. Ensinar é “agir na urgência e decidir na dúvida” (Perrenoud, 1999).
Na realidade, a construção da escola cidadã é uma tarefa árdua e difícil, no que concerne às questões educativas. Já António Sérgio dizia: ‘Somos assim, os pedagogistas. Temos que nos apegar a um trabalho imenso, paciente, humilde, aleatório, aventuroso, como quem vela e como quem espera – ilimitadamente – pela estrela longínqua que deverá luzir’”.
Respostas simples, sim podem resultar no contexto, mais do que encontrar problemas há que no apegarmos aos desafios, educando em contexto, privilegiando-se a aprendizagem em todas as situações, mesmo com respostas simples mas que podem ser eficazes!
EC
1 comentário:
Excelente reflexão!!!
Realmente a importância do compromisso ficou bem vincada hoje...
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