Hoje, ao assistitir uma palestra abordou-se o habitual muro de lamentações de muitos docentes, desde a falta de recursos à constatação das diversas problemáticas dos alunos. Por momentos, veio-me à memória a canção cantada por Jorge Palma, no projecto "Cabeças no Ar" que por vezes partilho em ambiente de formação. O que faz um aluno se sentir "patinho feio" num espaço que lhe é dedicado por excelência?
Acredito que mais do que lamentar, importa reflectir como cada docente assume o seu papel na responsabilidade de que a igualdade seja um direito efectivo para todos, sem excepção, respeitando as especificidades individuais. A escola é responsável por educar os individuos em conjunto, procurando o potencial individual, quer nas suas capacidades como nas fragilidades, assumindo o compromisso da diferenciação pedagógica para todos.
EC
Letra de Carlos Tê. Música de Rui Veloso
Sou um patinho assim, assim
Não há quem repare em mim
Não sou triste nem zangado
Eu sou só um pouco reservado
Não sou loiro, não sou alto
Não corro muito depressa
Não tenho tempo de salto
Não remato nunca de cabeça
Eu sou o Orlando
E só venho à escola
De vez em quando
De vez em quando
Os dias lá no meu meio
São muito mais não que sim
Não sou um patinho feio
As águas é que fogem de mim
Se as águas fossem iguais
P’ra quem começa a nadar
Talvez eu viesse mais
Talvez até ousasse voar
Eu sou o Orlando
E só venho à escola
De vez em quando
De vez em quando
Se alguém se lembrar de mim
E disser: “O Orlando não veio.”
Digam-lhe que hoje vim
Mas fiquei sozinho no recreio
Eu sou o Orlando
E só venho à escola
De vez em quando
De vez em quando
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