quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

WORKSHOP “A HIPERACTIVIDADE”


A APPDA – Setúbal, Associação Portuguesa para as Perturbações do Desenvolvimento e Autismo, é uma Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS), fundada em 2005 por um grupo de pais e técnicos que consideraram indispensável a constituição de uma Associação que promova o desenvolvimento, a educação, a integração social e a participação na vida activa das pessoas com perturbações do espectro do autismo (P.E.A.), no Distrito de Setúbal.

A 29 de Janeiro de 2011 vai realizar o WORKSHOP “A HIPERACTIVIDADE”

Este Workshop terá uma parte mais expositiva, centrada na teoria e apresentando o corpo teórico que será a matriz da intervenção, e uma parte mais prática, centrada na intervenção e apresentando indicações gerais e específicas para orientar a intervenção e gestão diária do comportamento das crianças e adolescentes com PHDA nos diferentes contextos de vida.

09h30 – Recepção dos participantes

10h00m - 11h30m

 Perturbação de Hiperactividade e Défice de Atenção – Definição, Critérios de diagnóstico (DSM IV) e Subtipos

 Prevalência

 Etiologia

 Comorbilidade

 Modelo teórico

11h30m-12h00 - Coffe Break

12h00m - 13h00m

 Intervenção – Algumas Indicações Gerais

 Integração na Educação Especial e Adequações no Processo de Ensino e de Aprendizagem

 Técnicas, Estratégias e Procedimentos úteis no contexto de sala de aula e no contexto familiar

13h00 – 14h30 – Pausa para almoço

14h30m - 15h30m

 Casos Práticos

15h30m-15h45 – Intervalo

15h45m - 17h30m

 Casos Práticos

17h30 – Encerramento
 
contactos e inscrições em :
 
Telefone/Fax: 265 501 681

Email: appda-setubal@sapo.pt / geral@appda-setubal.com

Livro: “No Mundo da Lua?... Talvez Não…”


Uma fábula escrita por uma mãe da APPDA de Setúbal, Associação Portuguesa para as Perturbações do Desenvolvimento e Autismo- Ana Paula Antunes - com desenhos de um jovem com Perturbações do Espectro do Autismo, Afonso Sobral dos Santos, que nos transporta ao enigmático mundo do autismo.
“A história que o livro nos conta é uma fábula. Poderão vocês pensar que como todas as fábulas aconteceu há muito tempo, mas não, foi apenas ontem...Tudo se passou numa pequena quinta mesmo às portas da cidade, bem aqui ao nosso lado. Quando D. Josefa se apercebe que o seu filhote, o Pedrocas é diferente, ele não fala, não brinca com os outros, anda sempre de cabeça na lua, só quer saber de plantas. D Josefa descobre depois de falar com o mocho do pinhal que o seu filhote é autista. Embarca assim numa estranha aventura feita de palavras silenciosas... mas um dia o Pedrocas salva uma vida e ganha o respeito de todos os animais da quinta...” Fonte:appda
Poderá ser adquirido na Associação
Para mais informações, contactar a Associação.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Livro: All cats have Asperger Syndrome

Por aqui fica a partilha de um livro curioso e paralelamente criativo.
Apresenta-se com pequenas descrições do Sindrome de Asperger acompanhadas com imagens de gatos que correspondem a essa descrição, nos seus comportamentos semelhantes com o Asperger.
Não gostam que os olhem nos olhos, nem  de estar muito tempo ao colo ou a receber mimos, curiosos, gostam de fazer a mesma coisa durante muito tempo, escolhendo locais isolados para relaxarem revelando-se bastante individualistas.
Estou desejosa de o adquirir!

Echolilia: A Father's Photographic Conversation with His Autistic Son

A Reportagem é de Timothy Archibald...O fotógrafo usa a sua máquina para encontrar um elo emocional com o filho...

Fotografias e texto do livro, Echolilia: Sometimes I Wonder

"For me these photographs are not of him, they are about a relationship. I always think of that relationship as having three components: him, myself and then the shared stuff that we can't really define. The feeling we get when we look at all the photographs together is the channel that defines the project. That is the echolilia thing."

Reportagem em:

Echolilia: A Father's Photographic Conversation with His Autistic Son



Seminário "Caminhos para a Inclusão II: Qualificar para Incluir"

A Câmara Municipal de Cascais promove no próximo dia 8 de Janeiro, a partir das 9h30, no Auditório do Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão, um espaço de reflexão sobre as Necessidades Educativas Especiais (NEE) e as linhas de intervenção mais inclusivas, num seminário que pretende avaliar a realidade actual da intervenção educativa no Concelho de Cascais.

O Seminário “Caminhos para a Inclusão II: Qualificar para incluir” é uma oportunidade para partilhar conhecimentos, bem como avaliar as respostas educativas existentes no concelho, reflectir sobre as linhas de intervenção adoptadas e lançar novas propostas para uma organização de intervenção educativa em rede.

Professores, alunos e famílias são chamados a reflectir sobre a inclusão, as respostas e as barreiras da educação especial e a intervenção diferenciada e qualificada na escola e na sala de aula. As necessidades educativas especiais de cada criança, fazem também parte dos temas em foco neste seminário.

Mais informações e inscrições: dase@cm-cascais.pt
Telefone: 214 815230/214 815 239
Fax: 214 825186

Auditório do Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão
Rua Conde Barão, Alcoitão
Alcabideche
Fonte: Cascais

Sono- Os mais inteligentes deitam-se tarde

As "corujas" são mais criativas e as "cotovias" mais organizadas. Entre cérebros "artísticos" e "pragmáticos" era essa a diferença imposta pelos ritmos de actividade. Mas agora um estudo veio quebrar este equilíbrio com uma conclusão, no mínimo, controversa: as pessoas que se deitam tarde têm tendência para ser mais inteligentes do que as outras.
Por Luís Francisco
Público - Os mais inteligentes deitam-se tarde


Dizer, à luz das fábulas que nos habituámos a ouvir desde pequeninos, que as corujas são mais inteligentes do que as cotovias não é coisa que nos cause estranheza. Mas quando usamos estes equivalentes da fauna para caracterizar as pessoas consoante os seus padrões de sono e picos de actividade, então a coisa fia mais fino. Só que é exactamente o que defendem investigadores da London School of Economics and Political Science: os que se deitam mais tarde, as "corujas", são, tendencialmente, mais inteligentes do que os que acordam cedo, as "cotovias". A relação directa entre o QI (quociente de inteligência) e as horas a que somos mais produtivos intelectualmente é ainda olhada com alguma reserva por muitos especialistas. A neurologista Teresa Paiva, professora da Faculdade de Medicina de Lisboa, não conhece em pormenor as conclusões do trabalho da equipa liderada por Satoshi Kanazawa, mas, para já, deixa reticências quando instada a comentá-las. Teresa Paiva, reconhecida especialista do sono, destaca que há outras conclusões nesta área que estão bem sedimentadas: "Que afecta a personalidade, sim, está demonstrado. As pessoas mais activas de manhã tendem a ser mais organizadas, os noctívagos têm uma inteligência mais imaginativa. E também não ficam dúvidas de que as horas de sono influenciam o QI, porque um cérebro cansado tem pior desempenho." Mas o estudo da London School of Economics (LSE) não se debruçou sobre a quantidade ou a qualidade do sono, antes sobre as horas a que as pessoas se sentem mais activas a nível intelectual. Aparentemente, e a crer nas suas conclusões, os que se levantam e deitam cedo são menos inteligentes do que aqueles que prolongam a sua actividade pela noite. Satoshi Kanazawa fala mesmo de uma evolução da espécie: citado pelo jornal Winnipeg Free Press, ele lembra que os humanos ancestrais eram diurnos e que uma mudança progressiva para hábitos mais nocturnos configura uma "preferência evolucionária" para seres mais inteligentes, "com um nível mais elevado de complexidade cognitiva".

"Cotovias" inteligentes

Ou seja, a humanidade tenderia a ser cada vez mais nocturna, porque vai ficando mais inteligente e é esse o ritmo natural dos mais dotados intelectualmente. Mas esta conclusão é de longo prazo, até porque já foi demonstrado, nomeadamente em trabalhos realizados na Universidade de Bolonha, que as pessoas tendem a ser mentalmente mais "preguiçosas" de manhã entre os 17 e os 21 anos e que depois esse padrão se altera com a idade. O que encaixa bem na ideia de que os madrugadores são mais responsáveis. É claro que todas as regras terão excepções e a conclusão de que os mais noctívagos são intelectualmente superiores ainda nem sequer ganhou foros de regra. Teresa Paiva lembra, por exemplo, que Benjamin Franklin (um génio polivalente que se destacou em áreas do conhecimento tão diversas como a política, a ciência ou a literatura) era uma "cotovia". "Conheço cotovias muito inteligentes", insiste, embora pessoalmente, e por ser "noctívaga", as conclusões da LSE lhe possam soar simpáticas... Quem também se define como "mais coruja" é Prates Miguel, advogado e presidente da Associação Portuguesa dos Amigos da Sesta. Mas também ele, e apesar de se ver assim colocado do lado dos mais inteligentes, mostra algumas reservas em aceitar as conclusões do estudo da LSE: "É ousado fazer uma afirmação dessa natureza, até porque há questões físicas que influenciam os padrões de sono e actividade..." Lamentavelmente, a importância da sesta não foi contemplada nestes estudos. Serão os praticantes da sesta mais inteligentes do que os outros? Resposta diplomática à provocação: "Não, nada disso!"

O sono de beleza

"A sesta é um sono depois do almoço, só faz sentido a essa hora. É um complemento, não substitui o sono perdido. E não é para todos: há pessoas cujo biorritmo é incompatível com o acto de dormir a meio do dia, não se dão bem", explica este advogado de comunicação fácil e assumido "dorminhoco". "Chego a dormir 12 horas à noite, mais uma sesta de hora e meia..." E quem dorme bem tem "mais agilidade mental contra o cansaço". Se dizer que as pessoas que se deitam e acordam mais tarde têm tendência para ser mais inteligentes do que as madrugadoras pode provocar reacções mais vivas, já as conclusões de outro estudo recente parecem vir apenas comprovar o que já todos sabíamos empiricamente. O Instituto Karolinska, em Estocolmo, Suécia, decidiu dar base científica à noção do "sono de beleza". Voluntários foram fotografados duas vezes, com o mesmo enquadramento, o mesmo fundo e a mesma expressão - a primeira em condições normais e a segunda após 31 horas sem dormir. Depois, pediu-se a voluntários não treinados que escolhessem, entre os dois retratos, o mais agradável. Como seria de esperar, a foto inicial foi a escolhida. No seu artigo, publicado no British Medical Journal, os investigadores constatam que "as pessoas que não dormiram são vistas como menos atraentes, menos saudáveis e mais cansadas". Por isso, para quem quiser equilibrar o brilhantismo intelectual com a beleza física, a receita será deitar-se tarde, mas dormir as horas suficientes. Parece uma regra à prova de bala, embora deixe de fora dois factores decisivos. Primeiro: os ritmos de sono são fortemente influenciados por factores genéticos. Segundo: "Somos governados pelos que se levantam cedo", garante Teresa Paiva.

CEI 91

Acaba de sair o último CEI - Cadernos de Educação de Infância do quadrimestre Setembro/Dezembro 2010. Práticas pedagógicas em creche e temáticas relacionadas com os primeiros três anos de vida, período base para o desenvolvimento futuro, são os diversos artigos que constam nesta edição da Associação de Profissionais de Educação de Infância.  Esta edição da APEI, dedicada à primeira infância, conta com a capa de Carla Nazareth.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Natal...

A vida é feita de percursos com alguns dissabores. Lutas, desafios. Porém há que ponderar para que não nos deixemos optar por análises precipitadas de situações complicadas. Por vezes, o que parece não é ou as aparências iludem. E há erros que não podem ser corrigidos...
Boas Festas com todo o bom humor possível!

domingo, 19 de dezembro de 2010

Desabafos em tempo de época Natalícia

(foto de EC)

Em tempo de Natal que se aproxima pensei encontrar mais flexibilidade e tolerância no ser humano, mas não.
Já tenho idade suficiente para perceber que sou algo ingénua ou que acredito que as pessoas são capazes do bem. Sinceramente acredito que sim. Que o potencial humano é fantástico e que são capazes de atitudes espectaculares, mas infelizmente o contrário também é verdadeiro. Não me escusando também às minhas falhas, que as tenho, como qualquer mortal, acredito na iniciativa, na cooperação, no empreendedorismo, no fazer.
Mas este raio de feitio de hiperactiva que me faz entregar a causas origina algumas angústias e dissabores. Uma mensagem que não consigo ver mudada é que caso se faça qualquer coisa seremos sempre criticados por quem nada faz! E isto é precisamente o que me revolta. Não é o estar exposto por fazer, é o não ter apoio para a concretização de coisa nenhuma e limitarem-se a esperar pelos resultados para atacar.

Considero que cada um de nós é uma "obra exclusiva" e que temos características que nos destacam pelo nosso melhor do que queremos fazer, todos sem excepção, mesmo aqueles que ficam sentados à espera que a coisa aconteça e claro, como não somos invisíveis, embora, por vezes, se possa ter essa sensação, as nossas atitudes de fazer algo, obviamente têm repercussão nos outros, nos que beneficiam desses actos, assim como nos que se sentem impelidos a ter que reagir de alguma forma, quanto mais não seja pela critica fácil.

Como me referiu um amigo que faz uma apreciação do espaço virtual, eu aproveito-o e estendo a sua opinião ao mundo concreto: é um espaço de patetice onde por vezes as ideias brilham. Se assim não fosse não seríamos ser criativos e com resiliência aos dissabores da vida. O que se retém da vida não são os factores de prazer e/ou sofrimento que ela proporciona mas a atitude como encaramos a nossa forma de estar na vida e como nela agimos.

Citando Oscar Wilde: "Viver é a coisa mais rara do mundo. A maioria das pessoas apenas existe." E eu, acrescento, que na sua existência às vezes sem rumo... porque apesar de tudo qualquer atitude ou iniciativa tem a sua misteriosa recompensa e isso é uma dádiva mesmo com adversidades.

O que me faz mudar e agir são as pessoas, pelos momentos, pelos olhares que me prendem e fazem acreditar que vale a pena. Porque o que reconforta são os amigos, aqueles, os verdadeiros, que encontramos mesmo por acaso mas que se tornam verdadeiros, aqueles que fazem com que o sentimento seja eterno, apesar de por vezes ficar inquieta a certeza se devo levar a cabo os meus actos. 

Apesar de correr o risco de ser criticada porque me exponho, a adversidade também tem o seu quê de desafio. Porque aproveitando as palavras sábias de Max Gehringer: "Sou um só, mas ainda assim sou um. Não posso fazer tudo, mas posso fazer alguma coisa. Por não poder fazer tudo, não me recusarei a fazer o pouco que posso. O que eu faço é uma gota no meio de um oceano, mas sem ela o oceano será menor".

Fica o desabafo em tempo de época Natalícia.

EC

Partilha de mãe


Num testemunho que aqui já postei, tal como a  Sandra Morato outra mãe, a Ligia, foi convidada pelos estudantes da Escola Secundária de Peniche para conversar com os alunos sobre questões relacionadas com as problemáticas no desenvolvimento. 
Aqui fica o registo dessa iniciativa de esclarecimento necessário para que a sociedade encare a temática da diferença como uma realidade. 
Uma vez mais, agradeço a gentileza da Sandra que me facultou este registo, estendendo o agradecimento e parabéns aos alunos, que permitem esta partilha.
EC

Relatório da reunião com Lígia Rocha
"No passado dia 2 de Dezembro de 2010, no âmbito da disciplina de Área de Projecto, cujo tema/problema do nosso grupo de trabalho aborda: “Crianças em risco e jovens com deficiência”, tivemos uma reunião com Lígia Rocha, que teve lugar na biblioteca da nossa escola, com intuito de nos falar um pouco sobre a sua experiência como mãe, do seu filho João de 11 anos, portador de uma deficiência motora.

A Lígia começou por nos contar que o João nasceu como um bebé aparentemente normal, sem que fosse detectada alguma anomalia durante a gravidez. Aos 6 meses de idade, a mãe detectou alguma irregularidade no João, porque quando o João estava deitado de barriga para baixo, não tinha força nos braços para se tentar levantar. Logo então, levou o seu filho ao pediatra, Dr. António Levy, que após o observar, disse á Lígia que o seu filho tinha uma deficiência motora, por isso que não se conseguia tentar levantar. Inicialmente deduziu-se que fosse da coluna, tese depois eliminada.
Por via das dúvidas, recomendou-a que fosse ao Hospital Santa Maria nesse mesmo dia porque ele estaria lá de banco, para que assim a Lígia e o João pudessem entrar no serviço de urgência para fazer exames. Após a realização de vários exames e o diálogo entre os médicos chegou-se por fim á conclusão de que o João teria uma Miopatia Nemalinica, doença congénita rara ainda em estudo. A Miopatia Nemalinica é uma doença não progressiva, os ossos crescem mas os músculos não desenvolvem, os músculos têm a forma de “bastão” (estão todos desorganizados). O João conseguiu andar até aos 7 anos.
Aos dois anos, o João teve a sua primeira doença. Um pneumonia dupla, após isso, o João foi perdendo as suas capacidades motoras, a mãe referiu mesmo que, “Saí de lá com um bebé”, devido á sua total dependência da mãe. Nesta pneumonia, o João esteve em perigo de vida, foi internado de 7 de Novembro a 27 de Dezembro no hospital das Caldas da Rainha durante uma noite e o restante no Hospital Santa Maria. Quando a mãe lá chegou estava tudo preparado para o receber, o João nessa pneumonia, tinha o CO2 a 108 e apneia do sono (paragem respiratória durante o sono). O médico foi o próprio a dizer a mãe que o João “não duraria muito”, após ter ouvido isto a Lígia pediu ao médico para fazer todos os possíveis para que o João sobrevivesse, e cuidar dele como se fosse seu.
Mais tarde, o médico deu duas opções á mãe: ou o João “crescia”, isto é, teria a própria iniciativa de começar a respirar por si próprio ou teriam de lhe abrir a garganta.
A mãe disse para o João: “filho, arranja forças porque a mãe também tem”. O João começou a melhorar notoriamente.

Até aos 5 anos, o João teve três pneumonias, causadas pela reacção à vacina da gripe. Pois, talvez devido ao desconhecimento de que após as 24 horas que se seguem à vacinação contra a gripe, não se deve comer nada proveniente de aves, para não provocar uma má reacção ao vírus, este conselho é muito desconhecido pelo senso comum. Quando necessário, o João tem sempre o Hospital das Caldas da Rainha pronto para o auxiliar.
Depois abordava-se a opinião de se fazer uma traqueotomia para facilitar a respiração em que o João estaria 22/23 dias de ventilação. Gerou-se um conflito entre os médicos quanto á realização ou não da operação, no final a operação acabou por não ser feita, opinião de qual a mãe padecia também.
Aos 7 anos fez uma maxilo-facial, por o maxilar superior não avançar, a cirurgia plástica estaria agendada para Junho e consistiria na colocação de 8 ferros sobre a face, para fazer avançar os maxilares. A cirurgia acabou por ser adiada para 24 de Setembro, data em que o ano lectivo já teria começado e que iria para a primeira classe. O motivo do adiamento da cirurgia teria sido a espera de um novo método que teria vindo dos EUA e seria experimentado pela primeira vez, no João. Em que os ferros seriam então colocados no interior da cara e não por fora. Quando a mãe aguardava ansiosamente o João, ele vinha então com ligaduras á volta da cara e 8 garrafas (entre elas soro, seringa da veia do pescoço, tornozelo, etc.). A cirurgia foi considerada um sucesso e permitiu no total, avançar 2,5 cm de maxilar.
Estará marcada uma próxima cirurgia, uma maxilo-facial de reconstrução final (de adulto), para quando o João tiver 13 anos.
Em seguida, A Lígia falou-nos também um pouco sobre o dia-a-dia do João. Faz tosse assistida para retirar todas as secreções existentes na altura, por não ter força para tossir. É um pouco mais lento a acordar, sempre que entra as 9 levanta-se às 7 e o seu rendimento é melhor da parte da tarde, ao contrário das outras crianças. Faz fisioterapia nas Caldas da Rainha durante duas horas. A Lígia salientou também o bom acompanhamento dos profissionais de saúde que lá trabalham no acompanhamento das crianças. O João faz também piscina, actividade importante para o desenvolvimento dos músculos.
O João tem uma vida normal, faz amizades facilmente, quando chegou ao 2.º ano já sabia ler correctamente, pois é fruto do trabalho de casa, estimulo dado pela mãe, frequenta a escola D. Luís de Ataíde – Peniche, é um bom aluno, tira quatros nos testes sem estudar; começava por escrever com a mão esquerda e acabava de escrever com a direita, mas como que por “teimosia” da professora, escreve só com a esquerda (canhoto), consegue escrever no computador através do teclado no ecrã e utiliza um rato especial (formato de uma bola grande), fala baixo mas correctamente, o João passeia em todos os sítios, dá os seus “a pé” na sua cadeira eléctrica, a sua turma foi a vencedora a nível distrital, do concurso “Escola Segura”. A sua mãe fez um pedido para se proceder á colocação de uma mesa especial adaptada às necessidades do João (uma mesa que se pudesse regular a altura) para que o João coubesse na mesa com a sua cadeira de rodas, neste momento existem 3 mesas dessas na escola.
O João sendo um rapaz bastante inteligente, com apenas 11 anos aquilo que quer e os seus direitos, pois ele próprio pediu á sua médica uma cama especial em que pudesse inclinar a parte de cima para não estar sempre a chamar a sua mãe para o levantar. Um pouco mais tarde, pediu também a sua cadeira eléctrica para se poder movimentar.
Ainda existe alguma discriminação e preconceito contra as pessoas portadoras de deficiência, sendo o João prova disso pois foi vítima de discriminação na escola primária e depois na escola básica por duas professoras.
Para terminar a mãe falou-nos de coisas que aprendeu com esta experiência e com o seu filho, os profissionais de saúde ensinaram-na a trabalhar com o seu filho, ensinou-a a dialogar com outros pais sobre os seus filhos para trocar opiniões, técnicas e em conjunto procurar melhores cuidados a ter com os seus filhos, algo importante de salientar foi uma frase dita pela Lígia “filho normal cada um tem, filho especial nem todos tem capacidade para o ter” pois, para os pais com crianças especiais as outras crianças é que são diferentes. Agradecemos à Lígia pelo seu testemunho pois podemos constatar que a Lígia é uma verdadeira “Mãe Coragem” tem uma força enorme dentro de si agradecemos também a sua disponibilidade em colaborar connosco neste projecto."

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Encontro de Bloguistas





O conhecimento faz-se lendo, viajando e sobretudo conhecendo pessoas, pelo menos é o meu ponto de vista, já em adolescente me correspondia com outros jovens, portugueses e estrangeiros e a magia da correspondência trazia a expectativa do encontro real.
Hoje,  as viagens virtuais trouxeram uma mais valia a essa expectativa, se por um lado a net se assemelha a uma mina, perante tanto recurso, só de vez em quando se encontra algo verdadeiramente valioso, tem a vantagem de descobrirmos pessoas fantásticas através dos blogues.
Alguns despertam-nos a curiosidade, outros, mais do que isso, quando descobrimos alguns com que nos identificamos,  que suscitam a nossa curiosidade,  sabe-se lá porquê. Foi o que já aconteceu comigo e possivelmente com muitos de vocês. Já tenho conhecido pessoas fantásticas que em nada me desacreditaram da ideia inicial virtual.


Com osabordaspalavras, não me lembro mesmo como foi a primeira visita e nem sequer quem descobriu quem primeiro. Da consulta diária ao convite do encontro de bloguistas foi um passo…um passo de gigante! Longe estava de pensar que me envolveria na organização do evento, não sei se foi do agrado de todos, alguns podem ter ficado decepcionados, com o local, a comida, o lugar à mesa, qualquer coisa que possa ter corrido menos bem. Mas envolvi-me com o maior prazer e na minha opinião parece-me que correu bem (digo eu). Talvez não tenha desfrutado tanto como gostaria, talvez devido a alguma ansiedade… É evidente que são criticados os que se expõem. Agradar a todos é difícil…

Para mim foi muito bom mesmo. O que nos une ao ponto de nos sentarmos à mesa com alguém que só conhecemos virtualmente tem o seu pedaço de magia. O acaso que nos permite estarmos “aqueles” naquele momento.

A ideia que fazia de alguns dos participantes, não foi gorada, é certo que tive a oportunidade de conhecer uns melhor que outros (temos que colmatar essa falha com um próximo encontro…). Outros evidentemente já os imaginava… O Gonçalo não se desviou da ideia concebida virtualmente, foi mais além, revelou como eu calculava que é uma pessoa sensível, que aposta no convívio e na riqueza do ser humano. Tem pequenos gestos com grande sabor. O sabor das palavras que reflecte na escrita no seu blog. A Fatinha vai para além das lentes com que nos olha, com toda a sua simpatia e franqueza. De referir a gentileza de MR Pereira que na sua salada de pensamentos evidencia bem o seu tempero de música e boa disposição. E viva o gosto pelo Manuel Cruz...De realçar a jovialidade da Maria Teresa e a objectividade e frontalidade do José Carlos .
Jorge perspicaz com o seu bom humor e bom gosto musical ... A simpática Carla que já conheci noutras andanças ou talvez não...
A ternura, simpatia e boa disposição da Eli .
A Presença da Patrícia com a sua cara-metade, o Nelson do blog que visito regularmente, a Catarina Faustino, a Caty, a Cláudia, os fãs de Gustavo e claro a agradável presença da minha cara-metade que assegurou o som do “entertainer”.
Adorei a troca de prendas, a carta da Izzie, a boa disposição, a contribuição para o Banco alimentar.
Venha o próximo encontro, estarei presente! Onde não importa, de forma a dar continuidade e que venham muitos mais. Obrigada pela partilha, do virtual à realidade!
EC

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Natal dos bloguistas - Eu fui!

Ainda de rescaldo de fim de semana só posso dizer que foi....fabloguistico!!! Mas ainda me falta mais texto que vai ter que esperar ... :)

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Natal dos Bloguistas

É já no próximo sábado que se vai realizar o dito evento.


Vencedor do cartaz alusivo ao Dia Internacional das Pessoas Com Deficiência

A vencedora do Concurso Nacional do Cartaz alusivo ao Dia Internacional das Pessoas com Deficiência - 3 de 3 de Dezembro de 2010 - é Joana Margarida Ribeiro.

A autora frequentou o Curso Científico-humanístico de Ciências e Tecnologias, é membro do Clube de Astronomia da Escola Secundária das Caldas das Taipas e participou em 2009/2010 no projecto COMENIUS, que tem por objectivos gerais melhorar a qualidade e reforçar a dimensão europeia no ensino escolar, contribuir para a promoção da aprendizagem de línguas e promover a consciência intercultural.

Segundo a autora, a sua intenção foi causar uma impressão de choque, para o que ilustrou uma imagem de uma pessoa discriminada levada à solidão, ao desespero e ao sofrimento. Cores berrantes foram utilizadas, de modo a chamar a atenção, assim como texturas. não só no rosto como também no próprio "ambiente" sobre o qual o cartaz fala.

A este respeito, interroga-se a autora:

"(...) deverá ser o facto de sermos diferentes servir como uma razão para nós próprios nos fecharmos num mundo à parte de tudo o resto? Não, pois mesmo que os outros vejam em nós algo que não somos, mesmo que tudo pareça com que nós sejamos a única coisa que não se "encaixa" no Mundo, porquê desistir? Porquê criarmos correntes e algemas que nunca estiveram lá na realidade? Porquê ceder aos estereótipos, perfis e imagens criadas por gente que não entende? Diferentes? Sim. E depois?"

Foi atribuída uma menção honrosa a Maria Alice Carvalho.
In: INR

domingo, 5 de dezembro de 2010

Livro: Mal me quero"

Hoje decorreu o lançamento do livro MAL ME QUERO de Ana Martins, no Café-Teatro Malaposta.
De forma original, simples, mas deliciosa, quem esteve presente teve possibilidade de assistir a um video sobre a autora e a sua relação com a escrita. O evento contou ainda com uma dramatização de alguns persongens da obra, bem como um paralelo literário gastronómico oferecido pelo Restaurante Bem me quer.
Com a ilustração lindissima de Pedro Lapeira e a chancela da Editora Torre de Gente, este livro aborda as relações humanas mais conturbadas na dicotomia de amor e ódio, que, não  criticando ou tecendo juízos de valor, as pequenas histórias são apresentadas como cenários de um quotidiano de qualquer individuo com quem nos cruzamos ou mesmo de algum de nós.
Um delicioso evento que aguçou a leitura.
EC

Sandra Morato na Escola Secundária de Peniche


Sandra Morato é mãe de uma menina de 5 anos, que nasceu com Trissomia 21 (Sindrome de Down) e escreveu um livro - "Sara, a Luz!", onde partilha a sua experiência de ser mãe de uma criança com este diagnóstico.

Residente em Peniche, Sandra Morato foi convidada pelos estudantes da Escola Secundária de Peniche.
 
De modo a que, cada vez surjam menos barreiras, numa sociedade que se pretende de uma verdadeira oportunidade de igualdade para todos, nunca é demais relembrar que iniciativas como estas são de louvar. Porque são fontes de aprendizagem e de esclarecimento necessário para que a sociedade encare a temática da diferença com a naturalidade, normalidade e respeito que lhe é devido, aceitando e incluindo de forma efectiva e de plenos direitos. 
Aqui fica o  relatório da reunião com Sandra Morato realizado pelos estudantes da Escola Secundária de Peniche, que gentilmente me chegou às mãos pela própria convidada, a quem agradeço a partilha e aos alunos dou os meus parabéns, que não só a convidaram como transcreveram a mensagem que importa sempre referir: que todos sem excepção têm direito  a viver a vida na sua plenitude.
EC

"No passado dia 23 de Novembro, no âmbito da disciplina de Área de Projecto, tivemos uma reunião na biblioteca da nossa escola, que já estava previamente marcada com Sandra Morato, mãe da Sara que é uma criança portadora de deficiência, nomeadamente, Trissomia 21 simples.

Nesta reunião, a Sandra Morato, começou por nos explicar o que era a Trissomia 21, também conhecida por Síndrome de Down ou mais vulgarmente, e incorrectamente, conhecida por mongolismo. O Síndrome de Down é uma anomalia genética, caracterizada pela presença de três cópias do cromossoma 21 em vez de duas, daí a designação de Trissomia 21. Uma pessoa dita “normal” tem 46 cromossomas, enquanto, uma pessoa portadora de Síndrome de Down tem 47 cromossomas, um cromossoma adicional.

A Trissomia 21 simples, é um atraso geral no desenvolvimento, tanto das funções motoras, como cognitivas, como da comunicação.

A Sandra Morato explicou-nos também o que tem feito para ultrapassar as limitações da sua filha, falou também, nas etapas que percorreu para ajudar a Sara a nível da estimulação da comunicação verbal e a correcção da língua: o uso de uma chucha especial adaptada, quando era bebé. Vista de fora era uma chucha aparentemente normal, mas a parte que ficava dentro da boca, consistia num molde da sua boca que servia para abrir o palato, expandir o maxilar e re-arrumar correctamente a língua dentro da boca, para mais tarde poder deglutir alimentos sólidos e para o trabalhar dos sons para a comunicação verbal. A Sandra referiu também a ajuda preciosa do Dr. Miguel Palha, que após o nascimento da sua filha – Teresa Palha, hoje com aproximadamente 24 anos, especializou-se no apoio, acompanhamento e supervisão destes casos.

As crianças com Trissomia 21, fazem tudo o que as outras crianças fazem, mas demoram um pouco mais a aprender, é preciso persistência e não desistir, acreditar nas capacidades dos seus filhos e nas suas próprias capacidades de lutar por eles, para lhes proporcionar uma melhor qualidade de vida. Lutar para combater a discriminação e preconceito por falta de formação, e informação em relação a estes casos, reduzindo as diferenças e destacando as semelhanças, porque ainda há ainda quem pense que esta deficiência é uma doença contagiosa e reage preconceituosamente à presença destas crianças.

Como disse a Sandra, “Só depende dos pais e do seu amor incondicional pelos seus filhos”, porque quem ama assim um filho, faz tudo por ele e estes filhos tão “especiais” levam os seus pais a fazerem, a estarem, a serem, a chegarem e a defenderem valores e situações que até ali lhes eram totalmente desconhecidas.

A Sara hoje, faz uma vida como qualquer outra criança normal, afinal ela é uma criança como as outras: vai à escola, corre, salta, brinca, passeia, brinca, anda de bicicleta e até mesmo de patins e é castigada quando se porta mal. Uma vida que a mãe sempre lhe procurou dar, não fazendo distinções ou tratá-la de forma diferente da irmã.

A Sandra Morato deixou de exercer a sua profissão como secretária, por despedimento colectivo, e desempregada dedica-se não só a ser Mãe a tempo inteiro, como a apoiar outros pais de crianças com deficiência, num âmbito absolutamente voluntário, por inteira dedicação a esta causa, num espírito de entreajuda e de partilha de saberes. Para a Sandra a deficiência é uma mais-valia na sua vida, visto ser esposa, mãe, tia, madrinha e amiga de pessoas com deficiências diversas, e com a mesma aprendeu que a vida é feita de ínfimos detalhes, aqueles que nem existem para o comum das pessoas, e que enriquecem o seu viver a cada dia.

Finalizando, nesta reunião, a Sandra deu-nos também algumas sugestões de filmes (“A Outra Margem”- de Luis Filipe Rocha http://www.fnac.pt/A-Outra-Margem-FILIPE-DUARTE-sem-especificar/a73129?PID=7&Mn=-1&Mu=-13&Ra=-3&To=0&Nu=1&Fr=0), livros, como o “Cromossoma do Amor” da Bibá Pitta, “À Procura de um Lugar” de Fátima Marinho, sites de informação sobre o tema (http://www.ajudas.com/) ,pesquisa em trissomia) e também contactos de mães com crianças portadoras de deficiência, que puderam ser úteis para o desenvolvimento do nosso trabalho. Partilhou connosco uma curta-metragem da Sara, em Windows Movie Maker, com pouco mais de 3 minutos de duração, onde de facto se vê que a Sara é de facto uma criança como qualquer outra e que não é o seu quadro de Síndrome de Down / Trissomia 21 que a torna incapaz de viver a vida na sua plenitude. Nem a Sara nem nenhuma outra criança com deficiência. À Sandra agradecemos a sua disponibilidade para colaborar connosco neste projecto e pelo contributo e testemunho."


Grupo de Trabalho:
Andreia Monteiro 12ºLH1 N.º8
Diana Sousa 12ºLH1 N.º14
Vanessa Sousa 12ºLH1N.º24
 
Peniche, 02 de Dezembro de 2010

sábado, 4 de dezembro de 2010

Natal dos Bloguistas 2010

Estamos precisamente a uma semana do maior evento natalício da blogosfera, na noite única de 11 de Dezembro, num espaço mágico como Sintra!

A fase das sugestões ainda continua, porque o encontro é de todos e organizado por todos, no entanto o tempo urge e exige que determine as diversas opções consoante as sugestões e a minha perspectiva.

Nos últimos dias, algumas vozes ponderaram a hipótese de almoço em vez de jantar, mas a magia sente-se mais num jantar do que num almoço, talvez por isso prefira consideravelmente a noite feliz de Consoada em detrimento do dia cinzento e deprimente de Natal.

Outros sugeriram o regresso aos encontros de bloguistas a Lisboa, o que seria uma falta de respeito pelo meu maravilhoso país com sítios magníficos por explorar e partilhar. Lisboa é uma hipótese forte, mas fica para mais tarde, e Sintra com boa vontade é a um passo de Lisboa. Eu parto de Coimbra!

O restaurante foi tema controverso para alguns, nomeadamente pela sua cozinha vegetariana, mas vários foram os dias em que as sugestões estavam em aberto para o local do encontro e apenas uma opção surgiu. Confesso que não seria a minha primeira escolha, não sou vegetariano e sou um fervoroso apreciador de patuscadas, especialmente em jantares de grupo. Mas manobrei segundo as minhas possibilidades à distância, conformo todos teriam o direito para o fazer, e com a incansável ajuda da EC, e de acordo com o critério de abertura a actuação musical cheguei a um consenso com o restaurante sugerido, o Restaurante Almaçã.

No entanto, preciso de ter o número de participantes definidos até a próxima quarta-feira, dia 8 de Dezembro, com a escolha da ementa para cada um, segundo as vossas preferências especialmente nos pratos principais, e num preço individual de 15 euros. O preço inclui bebidas (água e sumo do dia elaborado com fruta fresca da época e concentrado de frutas orgânico e sem açúcar).

As hipóteses são as seguintes:
Sopas:
Creme de cenoura e laranja
Sopa de maçã e aipo
Creme de legumes brancos

Pratos principais:
Crepe de legumes com molho de sésamo, quinoa e salada
Caril de manga com molho de iogurte
Caril de abóbora e grão com arroz basmati e salada
Tarte de abóbora com legumes salteados, coús-coús e salada

Sobremesas:
Bolo de cenoura e côco com cobertura de chocolate
Brownie
Crumble de maçã

Neste momento aguardo resposta do Banco Alimentar para ter um representante no jantar que possa participar do nosso espírito natalício e presenciar a solidariedade em acção com o levantamento de bens alimentares para a sua instituição. Para tal, cada participante oferecerá alimentos para o Banco Alimentar, mas na próxima semana haverá mais novidades quanto a esta questão.

E claro, num jantar de Natal não poderá faltar a troca de presentes. Haverá troca de presentes durante o jantar no valor individual de um euro, portanto tratem de estimular a vossa imaginação e não se deixem ficar de fora!

Finalmente, peço que aproveitem o meu endereço de e-mail:  goncalofoc@gmail com para responder a estas definições, enviarem mais sugestões criativas, e deixarem o vosso contacto telefónico móvel para que possa estar contactável convosco, se existir necessidade. E não se esqueçam, o espírito natalício ultrapassa qualquer momento, espaço ou até mesmo iguaria escolhida, porque natal é Amor e a passagem para uma era de prosperidade e união.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Dia Internacional da Pessoa com Deficiência

O Relatório Warnock Report (inquérito oficial à educação especial no Reino Unido) em 1978 introduziu pela primeira vez o conceito de Necessidades Educativas Especiais (NEE), em substituição do termo deficiente. Para além de uma mudança de conceito, apelava-se a uma filosofia educativa face ao indivíduo portador de deficiência.  

A Lei de Bases do Sistema Educativo (1986) refere que a escola regular é responsável pela educação das crianças com deficiência. O conceito base é o da Integração, defendendo-se que todos têm direito à educação nas estruturas regulares.
 
O Decreto-Lei 35/90 no artigo 2º, menciona que os alunos com NEE, resultantes de doenças físicas ou mentais estão sujeitos ao cumprimento da escolaridade obrigatória, mas é o Decreto-Lei 319/91, de 23 de Agosto que vem regulamentar a adaptação de condições para crianças com NEE, revogado pelo 3/2008, de 7 de Janeiro.

A Declaração de Salamanca em 1994 introduz o termo inclusão, referindo que todos pertencem à escola e que todos devem aprender juntos, sendo a escola capaz de satisfazer as diferentes necessidades das crianças. Apela-se assim à escola inclusiva. A escola define-se como escola para todos.
 
Em 1997 as Orientações Curriculares para a educação pré-escolar referem a escola inclusiva, o que implica planificação de estratégias diversificadas no âmbito da pedagogia diferenciada para o grupo, pois cada ser é único, sendo a diferença um valor e não factor de discriminação, se pensarmos que a diferença é sinónimo da identidade de cada um de nós, numa sociedade que apela a um conceito normativo de Igualdade precisamente porque somos diferentes. O Despacho Conjunto nº 105/97, de 1 de Julho vem regulamentar a prestação de serviços de apoio educativo a crianças com NEE.
 
Nos finais de Março de 2002, realizou-se em Madrid o Congresso Europeu sobre deficiência, onde os diversos congressistas presentes proclamaram 2003 como o Ano Europeu das Pessoas com Deficiência, tendo como objectivo, a sensibilização para se proporcionar uma vida válida a todos os indivíduos portadores de deficiência, no sentido de se criar igualdade de oportunidades e protegendo direitos.
 
Alguma coisa tem vindo a ser feita no âmbito de intervir e respeitar a diferença, muito está ainda por fazer.
É importante que, como data comemorativa, o dia de hoje, não seja simbolicamente uma comemoração, mas sim uma possibilidade de reflexão do que se tem vindo a ignorar, de modo a compreender e intervir na diferença, reflectindo nomeadamente sobre o que é em si a diferença, pois a concepção normativa homogénea do ser humano só existe enquanto espécie.
 
Pensar-se na deficiência é aceitar o outro incondicionalmente com atitudes menos discriminatórias e de maior tolerância e compreensão. Tal como refere Bronfenbrenner (1977), o mais decisivo para o desenvolvimento são os processos e as interacções recíprocas e cada vez mais complexas ao longo de um período de tempo, que se estabelecem entre os indivíduos e não, as características estruturais do meio.

Existir legislação é fundamental, mas por si só não chega, a responsabilidade inclusiva começa em cada um de nós, desde cedo que as capacidades de cooperação entre as crianças devem ser vivenciadas, de forma em que as diferenças constituam um valor e não um problema.
Façamos uma reflexão de atitudes para além deste dia comemorativo.
A riqueza encontra-se na diversidade do ser humano e na capacidade de nos deslumbrarmos na relação com os outros. Para isso é fundamental aproximarmo-nos uns dos outros e nos tornamos mais únicos e autênticos, precisamos porém, de ser criativos para enfrentar alguns desafios.
Aproveitemos para começar já hoje!
 
Elvira Cristina Silva
O

Questões de terminologia em educação especial

Frequentemente, somos confrontados com a terminologia “educação especial” e “ensino especial” como se tratando de um mesmo conceito. Este uso encontra-se em textos, discursos e intervenções, quer por responsáveis das diversas estruturas do Ministério da Educação, quer por professores, quer por sindicalistas, quer nos meios de comunicação.

Educação especial refere-se a uma modalidade especial da educação escolar (cf. Lei de Bases do Sistema Educativo, art.º 19º e 20º) e tem por objectivos a inclusão educativa e social, o acesso e o sucesso educativo, a autonomia, a estabilidade emocional, bem como a promoção da igualdade de oportunidades, a preparação para o prosseguimento de estudos ou para uma adequada preparação para a vida profissional e para uma transição da escola para o emprego das crianças e dos jovens com necessidades educativas especiais, ou seja, trata-se de um ramo educacional que visa a criação de condições para a adequação do processo educativo às necessidades educativas especiais dos alunos com limitações significativas ao nível da actividade e da participação num ou vários domínios de vida, decorrentes de alterações funcionais e estruturais, de carácter permanente, resultando em dificuldades continuadas ao nível da comunicação, da aprendizagem, da mobilidade, da autonomia, do relacionamento interpessoal e da participação social (cf. art.º 1º, Decreto-Lei n.º 3/2008, de 7 de Janeiro). A educação especial consiste, assim, numa modalidade da educação escolar.

Ensino especial consistia numa medida educativa, prevista no revogado Decreto-Lei n.º 319/91, de 23 de Agosto, mais concretamente no artigo 2º. Segundo este normativo, através do artigo 11º, ensino especial é o conjunto de procedimentos pedagógicos que permitam o reforço da autonomia individual do aluno com necessidades educativas especiais devidas a deficiências físicas e mentais e o desenvolvimento pleno do seu projecto educativo próprio, podendo seguir os seguintes tipos de currículos. Esta medida podia consubstanciar-se em currículo escolar próprio ou currículo alternativo. O ensino especial referia-se a uma medida educativa. Presentemente, pode ser empregue referindo-se à intervenção feita nas escolas de ensino especial.

As escolas de ensino especial, na nossa perspectiva, passaram a ser designadas por esta terminologia, provavelmente pelo facto de atenderem e apoiarem quase exclusivamente alunos que beneficiavam da medida de ensino especial.

Esta questão terminológica poderá, aparentemente, parecer irrelevante. No entanto, parece-nos que, sobretudo os profissionais de educação, devem ter algum rigor na sua utilização, pois cada designação pressupõe um conceito diferente.
por: JAS

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Crianças em risco: afectos e protecção

por Andreia Lobo em 29 Nov. 2010 in: Educare
Protecção de crianças e jovens em risco, despiste de factores familiares prejudiciais ao desenvolvimento afectivo e físico e a problemática da vinculação afectiva foram alguns dos temas que encerraram um curso de formação parental promovido em parceria entre a CrescerSer - Associação Portuguesa para o Direito dos Menores e da Família e o Serviço de Pediatria do Hospital São João, no Porto.
 
A vinculação é a origem do afecto. Trata-se de uma ligação particular a uma figura próxima que cuida da criança. Desenvolve-se, principalmente, entre os 6 meses e os 3 anos e serve de base a todo o desenvolvimento. Logo, as crianças que são abandonadas ou perdem as figuras a quem estão vinculadas, dentro desta fase, podem ter uma paragem, ou um certo atraso, no desenvolvimento emocional e da linguagem. Mas podem surgir outros sintomas: depressão, apatia. E, mais tarde: ansiedade perante as perdas.
 
O medo de voltar a perder as pessoas que encontra origina que a criança não estabeleça laços profundos para não voltar a sofrer. A criança torna-se mais superficial com as pessoas que a rodeiam. E até mais materialista. Vai achar que gostar é satisfazerem-lhe as vontades. Estabelece então relações de "tudo ou nada". Do género "ou fazes tudo o que eu quero e gostas de mim, ou se me contrarias és meu inimigo". E são este tipo de relações perigosas que podem levar a comportamentos de risco.
 
Todas estas questões foram abordadas por Alda Mira Coelho, pedopsiquiatra, no Serviço de Pediatria do Hospital São João, durante uma sessão de informação sobre "Crianças em risco" que decorreu no passado sábado. Foi a última de um conjunto de acções de formação parental, promovidas em parceria entre a associação Crescer Ser e aquela instituição hospitalar do Porto.
 
Para Alda Mira Coelho, são as crianças e jovens que passaram por muitas perdas afectivas, tiveram vinculações perturbadas ou disfuncionais, e sofreram muitas rupturas acabando por não estabelecer um vínculo estável e seguro "que, mais tarde, podem com mais facilidade entregar-se a comportamentos de risco". Desenvolvem relações de "tudo ou nada", não aceitam as frustrações facilmente e revoltam-se de forma impulsiva, podendo até tornar-se anti-sociais, refere a pedopsiquiatra. "Não quer dizer que isto aconteça sempre assim, mas as perturbações de vinculação podem ser factores de risco bastante grandes que levem mais tarde a comportamentos anti-sociais."
 
Estas "rupturas afectivas", constata diariamente no serviço de Pediatria, "deixam marcas na história pessoal destas crianças". "Daí a nossa preocupação em tentar evitar que elas sejam feitas." Uma dessas tentativas está no evitar a institucionalização "sempre que possível". Mas se não for: "É preciso tentar uma reparação dessas perdas afectivas, o mais precocemente possível, isto é, promovendo relações afectivas substitutas para aquela criança, que lhe dêem a estabilidade necessária para crescer segura e ser capaz de desenvolver a capacidade de amar e efectuar as etapas de crescimento sem cair em comportamentos de risco."
 
Sem essa reparação, ou essa "segurança nas relações afectivas", "as crianças não são completamente autónomas, acabam por tornar-se dependentes de outras pessoas, com relações doentias e patológicas, ou dependentes de substâncias, como as drogas", conclui.
 
O que é estar em risco?
"As situações de risco mais habituais são aquelas em que a criança é vítima de maus tratos físicos, psicológicos ou de negligência grave", responde Alda Mira Coelho. Bater é a forma mais visível deste triângulo de risco. Menos visíveis são a "crítica permanente, a falta de carinho e protecção, a humilhação pública, que também constituem maus tratos e podem perturbar o desenvolvimento da criança", alerta. "A negligência grave acontece quando os pais não são capazes de dar à criança os cuidados de saúde, higiene, alimentação que precisa." Os motivos para esta incapacidade podem ser vários: perturbações psiquiátricas, depressões graves, abuso de álcool, drogas. Há ainda os casos de abandono, em que as crianças são deixadas nos hospitais ou na rua.
 
"O abuso sexual intrafamiliar, na maioria dos casos, também é frequente entre as situações de risco", salienta Alda Mira Coelho, explicando que "muitas vezes, a criança, quando é pequena, nem se apercebe do que lhe está a acontecer, outras vezes sente-se ameaçada pelo abusador que a impede assim de contar, ou então a própria criança tem uma ligação afectiva ao abusador e não quer contar para não criar problemas dentro da família". "Isto é um peso muito grande para as crianças e leva-as a ter sentimentos de culpa muito marcados. Tudo isto são situações em que a criança está em risco e deve ser protegida."
 
Sinais de alarme
"Não é obrigatório que as crianças com estes sinais estejam em risco, mas quando se verificam em conjunto, devemos, pelo menos, perceber que alguma coisa não está bem e tentar investigar o que se passa", alerta Alda Mira Coelho. Súbita perda de rendimento escolar, dificuldade de concentração, instabilidade emocional (ora chora, ora ri), tristeza, agressividade, alienação, marcas frequentes no corpo, "são sinais que têm de fazer pensar quem os vê".
 
A estes juntam-se outros: manifestações de insegurança e inibição; dificuldades de relacionamento; ansiedade ligada a estados de vigilância, "como se a criança tivesse medo de alguma coisa, de se expor ou de que alguém lhe faça mal"; falta de vontade ou medo em voltar para casa; apresentação de comportamentos erotizados. "Podem-nos indicar que a criança está a ser sujeita ou a presenciar situações que não são próprias para a sua idade."
 
Sintomas de carência excessiva também devem alertar educadores e professores. "Uma criança que está constantemente a agarrar-se a toda a gente, de modo indiferencial e a pedir mimos e abraços a todas as pessoas que lhe aparecem, deve fazer-nos pensar que algo não está bem com ela."
 
Como orientar?
É a questão que se coloca depois de sinalizada a situação de risco. Alda Mira Coelho esclarece: "Situações onde existem fortes suspeitas de que alguma coisa não está bem devem ser comunicadas às Comissões de Protecção de Crianças e Jovens." "Mas há que ter muito cuidado, antes de levantar essas suspeitas", avisa a profissional de pediatria, "todos os factos têm de ser analisados com rigor".
 
Alda Mira Coelho defende que "uma boa maneira de trabalhar estas situações seria através da nomeação de um gestor de caso para acompanhar cada família que esteja em risco, ou seja, sinalizada". Mas isto pode não ser tão linear. "Obviamente, não pode haver um gestor por família, por falta de recursos, mas também não pode haver um com cem famílias, porque assim o trabalho não pode ser feito da maneira adequada", critica.
 
Na sua opinião, "o ideal era que o gestor de caso não tivesse mais de dez situações, para poder transformar-se numa espécie de vínculo para a família e a criança". A pedopsiquiatra insistiu ainda na importância da formação destes técnicos, nas áreas da mediação familiar e da comunicação. "Sem preparação, o gestor de caso não vai conseguir ganhar a criança nem trabalhar a família para tentar uma nova vinculação. A família precisa de sentir que o gestor de caso está ali para a apoiar e não para lhe retirar a criança e a culpabilizar." Até porque, nas situações em que se verifique que a institucionalização é a única alternativa, o gestor de caso é quem deverá dar as devidas explicações à família e à criança.
 
Institucionalização
Trata-se de um perfil comum às crianças e jovens institucionalizados. "Passaram quase sempre por perdas, assistiram a coisas que não deviam em relação às pessoas de quem gostavam, não tiveram laços afectivos seguros ou controlados, ou tiveram, mas perderam-nos porque foram retiradas à sua família, por factores de risco, então são vulneráveis, carentes e muito revoltadas".

E se a tal ruptura for prolongada, sem que se faça a tal reparação afectiva, de que Alda Mira Coelho falava, ou "se houver sucessiva ruptura, como passar de uma família para um colégio, daí para uma instituição e depois para uma família de acolhimento, isto só vai levar a que a criança fique ainda mais insegura e incapaz de estabelecer laços". Por isso, uma das preocupações de quem trabalha no sistema de protecção deve ser evitar que todas estas rupturas aconteçam.

O impacto da institucionalização deixa sintomas nas crianças. Sobretudo naquelas que passam longos períodos nas instituições. Alda Mira Coelho traça um quadro geral das problemáticas mais comuns: "Ansiedade difusa, ou seja, medo sem saber de quê, nem porquê, podendo reflectir-se em alterações de sono, pesadelos, perdas de controlo da urina ou das fezes durante a noite; estagnação no desenvolvimento da linguagem e dos pensamentos abstractos, o que se vai reflectir no aproveitamento escolar; falta de autocontrolar, são muito instáveis e desorganizadas, com um comportamento caótico." E "como têm muitas vezes um desenvolvimento emocional pobre, e dificuldade em reflectir e expressar as suas emoções, estas crianças falam mais através do corpo. As queixas somáticas são frequentes, como as dores de barriga, de cabeça...", conclui.
Já nos adolescentes, "são frequentes as alterações de comportamento, a agressividade e o furto, ligado à carência afectiva precoce". Alda Mira Coelho explica este comportamento: "É como se o jovem tivesse um vazio lá dentro que não consegue preencher e por isso tem de ir buscar coisas que lhe dão prazer." A busca pela satisfação pode ainda gerar um apetite excessivo por guloseimas, ou a sensação de estar sempre com fome. "As crianças que tiveram perdas afectivas precocemente estão constantemente a pedir guloseimas ou prendas, ou sempre a pedir coisas, porque estão permanentemente insatisfeitas."

Mais tarde, salienta Alda Mira Coelho, "se não houver reparação afectiva nem modelos adequados que ajudem estas crianças a recuperar, este tipo de comportamentos pode levá-las a estabelecer relações superficiais, muitas vezes com uma ausência de culpabilidade, em que se preocupam apenas em obter o prazer imediato e que pode levá-las a situações de risco, nomeadamente delinquentes".
 
Alguns procedimentos por parte dos envolvidos na protecção podem minimizar os danos emocionais nas crianças e jovens. Segundo Alda Mira Coelho, isto passa por "evitar retirar a criança à família de forma violenta ou traumática, sendo já este um último recurso; não dizer mal dos progenitores, protegendo a imagem que elas têm; nunca dizer à criança que os pais a abandonaram, até porque muitas vezes não foi mesmo um abandono, mas circunstâncias da vida ou factores de risco que originaram a que tivessem de ser protegidas; desde que haja garantias de segurança para a criança, manter os contactos com os pais ou familiares; nunca culpabilizar a criança pela sua situação; e, para que a criança institucionalizada consiga estabelecer alguns vínculos, deve-se evitar a mudança de espaços".
 
Ao longo de 7 meses, o projecto de formação de famílias "Ajudar a Educar" levou a várias juntas de freguesia da cidade do Porto especialistas em pedopsiquiatria, psicologia, pediatria, obstetrícia e serviço social para fornecer às famílias informações nestas áreas. Alda Mira Coelho, pedopsiquiatra do serviço de Pediatria do Hospital São João, no Porto, e mentora do projecto salienta a importância de formar os pais para lidar com situações que perturbam a sua função de progenitores.
 
Em retrospectiva, as sessões abordaram o desenvolvimento psicoafectivo e físico da criança; cuidados durante a gestação e planeamento familiar; insucesso escolar, violência e comportamentos de risco na adolescência; comunicação intrafamiliar, equipamentos sociais para problemáticas de risco, e, por último, as problemáticas que podem surgir em crianças institucionalizadas.
 
"Ao longo de todas as sessões foi dado algum material aos pais, os textos em Word das apresentações realizadas pelos especialistas, com o objectivo de fornecer uma espécie de curso", refere Alda Mira Coelho. Os pais que seguiram todas as sessões tiveram um diploma "para poderem dizer que frequentaram um curso de Educação Parental", acrescenta. "Muitos destes pais são carenciados e esta foi uma forma de os motivar e melhorar a sua auto-estima e a relação com as suas crianças."

No entanto, o nível de participação das famílias nas sessões ficou aquém das expectativas dos organizadores. Ana Moutinho, directora da Casa de Cedofeita, um centro de acolhimento da associação CrescerSer, acredita que a mensagem talvez não tivesse chegado aos destinatários. Ainda assim, a directora salienta a importância de acções deste género. "Não vamos deixar de investir na capacitação das famílias, mas vamos pensar fazê-lo num outro formato."

Leituras

Leituras
Os livros que se seguem apresentam as minhas opiniões sobre os mesmos. Exclusivamente o meu "ponto de vista". EC

Para além do óbvio- Histórias sociais

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Autismo

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30 anos, 30 pessoas, 30 histórias

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Índice médio de felicidade

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Eu até sei voar

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Mágoas da Escola

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CINCO PAIS NATAIS E TUDO O MAIS

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Deixa-me entrar

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Caderno de Tóquio

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Le goût des glaces

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Não os desiludas - histórias da escola

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Eu quero Amar, Amar perdidamente

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A ferramenta que faz os contos

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A arte de ensinar

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O Futuro da Escola Pública

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A inclusão nas escolas

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Crianças em Risco VOL 4

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A vida na porta do frigorífico

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O mundo segundo BOB

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A Saga de um Pensador - O Futuro da Humanidade

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A intuição leitora, a intuição narrativa

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Tu tens direito

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Políticas educativas em Portugal

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Mafaldisses - crónica sobre rodas...

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Da investigação às práticas

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Valores Educativos, Cooperação e Inclusão autor: Ramos Leitão(Salamanca 2010)

Ouvindo o silêncio

O estranho caso do cão morto

Mal entendidos