John Elder Robison. (2010) Editorial Presença.
Mais um livro escrito na primeira pessoa, que hoje, tendo-se o conhecimento sobre uma forma de autismo designada síndrome de Asperger, é fácil perceber a revolta do autor. Na sua infância, os seus estranhos hábitos afastaram-no daquilo que desejava, ter amigos.
Lamentando eu própria, o facto de que no passado (?) os profissionais de educação não tenham estado desde sempre “despertos” para a diferença (se porventura hoje o cenário se encontra muito diferente), existindo ainda um percurso a fazer nesse sentido, o autor deste livro revela bem o quanto importante é a aceitação da diferença, para alguém que só aos quarenta anos lhe é diagnosticado a síndrome, é a prova de que vale a pena ser asperger para ter a capacidade de precisão descritiva e bom humor que recheia este livro.
Uma autobiografia, que sem recorrer ao drama, apesar de algumas memórias eventualmente traumáticas conta o percurso de uma vida antes e depois de um diagnóstico, numa adaptação curiosa à vida funcional, mas onde são constantemente relembradas as necessárias oportunidades.
O livro inclui ainda sites e livros sobre a temática. Um livro talentosamente bem escrito, por um fabuloso contador de estórias, que faz desejar que o livro não termine nunca. Claro que me ficou o desejo intenso de ler “Correr com Tesouras”, e agora já nada é igual quando ouço alguma música dos Kiss.
Elvira Cristina Silva
Publicado posteriormente in: Newsletter nº 48 - outubro 2012 (2ª quinzena) pág.6 - Pin-ANDEE
5 comentários:
Olá querida Elvira,
È o livro que tenho na mesa de cabeceira actualmente. Ainda estou no início, mas já estou a gostar muito.
Beijinho
Acredito que vai gostar muito!É muito envolvente.
Bjs Elvira
Mais um excelente resumo...E resta-me dizer que é um prazer lidar com uma Gigante!!!
:-)O meu ainda não chegou à mesa de cabeçeira, foi um livro que ainda não me inspirou nas primeiras páginas , não me agarrou.
Talvez por ter sido a parte escrita pelo irmão.
Mas irá voltar á cabeçeira, para ler com desejo...
bjinhos
Mina
Acredite que quando recomeçar vai descobrir um verdadeiro contador de histórias.
Um abraço
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