"Einstein nunca amou". de José Eduardo Carvalho (2010). Lisboa: Clássica Editora
Mais do que um romance ou uma história ficcionada, é uma obra de cultura geral que se posiciona entre a ficção e a ciência. Temáticas como a enologia, física, neurologia, genética, genealogia, I e II Grande Guerras, dados da história de Lisboa com um fiel retrato da vida de imigrantes e apoios sociais, são alguns dos exemplos abordados neste livro que nos permite alargar os nossos conhecimentos nas diversas áreas.
Um crime de corrupção é o ponto de partida para um novo rumo na vida de José Bernardo, personagem central desta história, investigador e professor, que tem a mesma vulnerabilidade biológica diagnosticada a Albert Einstein - a síndrome de Asperger, constituindo assim, também este livro, um manual neurológico esclarecedor sobre esta síndrome. O estudo do desenvolvimento humano e do envelhecimento que lhe é inerente também não é esquecido neste livro.
Ler este livro é uma dualidade entre desejarmos entender o envolvimento de José Bernardo como antropólogo forense, na descoberta da verdade dos acontecimentos a par da descoberta de emoções e sentimentos que envolvem a sua problemática. Pessoalmente, não posso deixar de realçar a relação que estabelece com os seus alunos e do modo como surge a ideia do título do livro.
Apresentado no Dia Internacional do Asperger, a 18 Fevereiro de 2010, na sede da Sociedade de Geografia de Lisboa, esta obra, goza ainda a particularidade do seu autor fazer reverter todas as receitas para a Associação APSA Associação Portuguesa de Síndrome de Asperger. (www.apsa.org.pt).
Recomendo a sua leitura pela forma como nos prende desde a primeira página, agradecendo ainda ao autor a particularidade de ficar a saber mais sobre a ascendência e registos do apelido Silva.
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2 comentários:
A verdadeira papa-livros...Uma gigante!!!
Mais um excelente resumo :)
Teve graça...papa livros!
E tu já leste o teu?
Bjs :)
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