Realizou-se hoje de manhã, dia 15 de Janeiro, o 1º sábado Temático do ano, organizado pela Associação Nacional de Docentes de Educação Especial. Esta sessão estava subordinada ao tema “A Funcionalidade na Dificuldade Intelectual e Desenvolvimental" e como dinamizadora contámos com a Dr.ª Sofia Santos.
A sessão iniciou com uma pequena apresentação de todos os presentes e foi com enorme satisfação que verifiquei que havia muita gente de fora de Lisboa... A Associação está a crescer e estes momentos de partilha são momentos verdadeiramente enriquecedores para todos os presentes.
A Dr.ª Sofia Santos começou por fazer uma abordagem sobre a definição de Dificuldade Intelectual e Desenvolvimental (DID). Este termo, ao contrário de outros, baseia-se no grau de funcionalidade do indivíduo na sociedade.
"DID é caracterizada por limitações significativas ao nível do funcionamento intelectual e dos comportamentos adaptativos expressados nas habilidades adaptativas conceptuais, sociais e práticas [...] aparecendo até aos 18 anos." (AAMR, 2002, 2007).
Segundo a Dr.ª Sofia, pretende-se com esta definição tornar o termo o menos estagmatizante possível e compreender a ligação entre inteligência, comportamento adaptativo e papel no funcionamento humano.
De seguida, a dinamizadora apresentou-nos a Escala de Comportamento Adaptativa que:
"avalia a independência pessoal e comunitária e aspectos relativos à perfomance e ao ajustamento social, a importância do envolvimento, planos habilitativos de acordo com o escalão etário e o grupo sócio-cultural onde o indivíduo se insere". (Lambert, Nihira & Leland, 1993).
A Dr.ª Sofia Santos referiu que é apologista deste instrumento ser utilizado para preparar a nossa intervenção, enquanto docentes de educação especial, no dia-a-dia, percebendo dessa forma os contextos e competências a trabalhar com determinada criança/jovem. Dessa forma poderemos compreender onde estão as dificuldades e como dar a "cambalhota".
Até porque, e citando a Dr.ª Sofia Santos: "Não é saber o rótulo, é saber que tipo de apoio necessita".
Este instrumento permite "identificar as áreas fortes e fracas para a elaboração de planos habilitativos. Não se baseia apenas no teor académico-escolar, mas com as diferentes áreas".
Esta foi uma sessão onde o espaço de partilha de ideias/experiências foi bastante enriquecedor. Devo referir que as expectativas iniciais foram atingidas, ou melhor, foram ultrapassadas.
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