«Mappamundi» inaugurou ontem às 19:30 horas, no Museu Colecção Berardo, no Centro Cultural de Belém (CCB), em Lisboa. Esta exposição que ficará patente até ao próximo dia 25 de Abril, homenageia a cartografia portuguesa da época dos Descobrimentos, com 123 obras de arte contemporânea inspiradas num universo redescoberto há 30/40 anos.
O comissário da exposição, Guillaume Monsaingeon, explica que a iniciativa aprofunda a presença da cartografia na arte, sendo que a escolha do local é uma zona simbólica, atendendo a que a história da cartografia moderna nasce em Lisboa.
Esta exposição pretende surpreender os visitantes, provocando… Mapas para serem lidos ou para serem vistos? Mapas que permitem as viagens, as que exprimem certezas nos trajectos ou os que representam as nossa dúvidas e sonhos. A materialidade ou subjectividade, representações carregadas de sentidos e interpretações diversas, abandonando os nossos hábitos, esquecendo a leitura da legenda óbvia do mapa para se entregar a interpretações individuais.
Pelo menos é esta a minha postura face a esta exposição e é neste âmbito que encontrei uma obra a que dediquei a minha preferência. Antes de ver o seu título, porque não quero ser influenciada pelo mesmo, deixei que a minha interpretação se apropriasse de mim pelo sentido simbólico com que a observei, mais do que pelo aspecto estético da obra. Fazer a interpretação do que sinto e me cativa.
Sobre esta peça composta de uma mesa com a forma de mapa, à sua volta cadeiras diversas que nos permitem sentar juntos, cadeiras todas diferentes, bancos, tapetes, com características culturais e sociais evocadas de cada lugar do mundo. Um conjunto de roda à volta da mesa, a diversidade de cada um na utilização de cada cadeira diferente, como representação das características individuais de cada ser humano. A inclusão à volta do mundo, cada indivíduo diferente faz parte do mundo. É assim que o desejo, um mundo inclusivo, com todos os que fazem parte dele…
EC
EC
Nota sobre a obra:
Autor: Michelangelo PISTOLETTO, Itália (1933).
O nome da obra “La table de la Méditerrané” (Love Diference)
Ano: 2003/2007.
2 comentários:
Só fica até 25 de Abril? E depois, é colocada em liberdade? ;)
Beijoca!
Olá Rafeiro
Pois claro que sim, deduzo que esse é mesmo o dia mais apropriado para ela se libertar! :)
bjs.
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