quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014
quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014
ILUSÃO . TEATRO NA CORNUCÓPIA
Espectáculo para público adolescente e adulto, representado por não-profissionais e baseado nos esboços de peças do jovem Federico García Lorca (escritas entre os 21 e os 24 anos) e só publicadas em 1994:
Ilusión(1921-22?)
Comedia de la carbonerita (1921)
Sombras(poema) (1920)
Delamor Teatro de animales (poema dramático) (1919)
Encenação Luis Miguel Cintra
Cenário e figurinos Cristina Reis
Ensaios a partir de 2 de Janeiro.
20 de Fevereiro a 9 de Março - Teatro do Bairro Alto, Lisboa
Luis Miguel Cintra fez uma montagem dos diferentes textos de García Lorca e acrescentou-lhes uma frase de Tchekov (A GAIVOTA): “Estou de luto pela vida, sou infeliz”.
Da presença, num interior burguês, de duas irmãs, personagens femininas do fragmento Ilusión(Mercedes eLuisa) que de certa maneira antecipam outra peça posterior, Doña Rosita la Soltera, entre arranjos de flores e música no piano, surgem como que memórias de contos infantis, fantasmas, medos, recordações, infelicidade. Uma atmosfera poética capaz de envolver quer o público adulto, quer os adolescentes. Há o encanto de uma filosofia dramática ingénua mas que está na origem dos grandes textos posteriores do autor.
Trata-se de uma experiência nova para o Teatro da Cornucópia: em vez de recorrer a actores profissionais, a companhia abre um estágio gratuito a voluntários que poderá envolver pessoas de características diferentes, desde reformados a aspirantes a actores, estudantes de teatro ou qualquer espectador que tenha interesse em conhecer a experiência de representar. Este projecto tem a vantagem de solucionar em parte a falta de verba para contratação de actores profissionais e torna-se num acontecimento particularmente estimulante não só para os que nele participam, como para a própria companhia, que construirá um espectáculo com pessoas sem preparação técnica mas profundamente motivadas.
in: http://www.teatro-cornucopia.pt/v2/
domingo, 2 de fevereiro de 2014
PSICOMOTRICIDADE – Jogos facilitadores de aprendizagem
PSICOMOTRICIDADE
– Jogos facilitadores de aprendizagem
Alcinda Almeida
Editora: Psicosoma (2013)
Livro composto por duas partes. A primeira divide-se em dois capítulos de
enquadramento teórico, onde, num primeiro capitulo, a par do desenvolvimento da
criança, são apresentados diversos conceitos de desenvolvimento e
aprendizagem, com breves caraterizações de problemáticas de dificuldades de aprendizagem.
No segundo capitulo é abordado a forma de aprender com o corpo,
fases do desenvolvimento, definições de psicomtrocidade, bem como as áreas e
vertentes relacionadas com os factores psicomotores.
A segunda parte da obra é essencialmente de cariz prática, constituída por um conjunto de jogos e
atividades com intencionalidade nas diversas áreas do desenvolvimento psicomotor.
Inclui ainda, uma grelha de avaliação para cada atividade proposta, instrumento
que permite no decurso do desenvolvimento de cada criança, uma compreensão
da sua evolução em cada tarefa especifica. Nos anexos é fornecido exemplos
de material com possibilidade de recortar e manipular.
Partindo
do conceito que corpo é movimento, este assume particular importância nas
aprendizagens do indivíduo e por consequência do seu desenvolvimento.
“Psicomotricidade, é a ciência que estuda o homem
observando o seu corpo em movimento” (pág. 33). Num tempo em que a sociedade parece oprimir a criança numa
institucionalização forçada, urge relembrar que, para que a criança aceda à
escrita é preciso escrever primeiro com o corpo. Conceito teórico, por demais
sabido, mas infelizmente, frequentemente na prática educativa, muito esquecido.
Um livro a recomendar a quem se inicia nas questões de educação e um auxiliar
de memória para os adultos, predominantemente educadores que, eventualmente, possam
ter perdido o corpo vivido à entrada da escola.
Elvira
Cristina Silva
sexta-feira, 3 de janeiro de 2014
Fala Comigo
Fala comigo
de Marti Leimbach
Ed: Difel (2007)
Melanie
Marsh, a protagonista, americana, a viver em Londres é uma ficção que se cruza
com o real. Inspirada na experiência pessoal da autora, relata a busca
incessante de uma mãe na comunicação com o seu filho mais novo, a quem lhe foi
diagnosticado autismo aos dois anos de idade. Angustiada pela ausência de
linguagem do filho, busca incessantemente, não só os melhores métodos
pedagógicos para que aquele possa falar, como procura manter a família unida evitando
o desmoronar de um casamento que se prometia inicialmente idílico.
De
leitura tensa e emotiva, a escrita é doseada com algum humor negro, relatando
a vivência quotidiana com uma criança com necessidades especiais, a
determinação do amor incondicional de mãe que deseja, como qualquer outra, um crescimento
o mais normal possível para o seu filho.
O envolvimento com a problemática, as relações
humanas cruzadas, questões e abordagens a diferentes métodos pedagógicos e a
recusa de integração do filho numa escola de educação especial são questões
permanentes ao longo da obra.
Uma obra que no seu cerne proporciona momentos
de compaixão, medo mas, também de esperança e alegria, prova de que o amor de
mãe pode ser mais eficaz que muitas pedagogias, revelando que a sabedoria humana
vai para além dos parâmetros da incapacidade da própria natureza humana e onde
o tempo se revela como um constante desafio.
Elvira Cristina Silva
In: Newsletter nº 67 - pág.5 (janeiro 2014 – 1ª quinzena) Pin-ANDEE- Pró Inclusão - Associação Nacional dos Docentes de Educação Especial
quarta-feira, 1 de janeiro de 2014
Sara, A Luz
Sara, A Luz
de Sandra Morato e Sara
Morato.
Prime Books (2010)
Sara, significa princesa, em
hebraico, mas independentemente do significado direto, todos os filhos são os
nossos príncipes e princesas.
É nisso que investem os pais,
os que o são verdadeiramente. Porque “um filho é sempre uma bênção,
independentemente das circunstâncias em que chega.” (pág. 85).
O nascimento de Sara e a sua
problemática cromossómica foi a luz para este testemunho escrito na primeira
pessoa por Sandra Morato. Num relato de leitura fácil, mas de informação rica,
este livro pretende contribuir para desencadear uma eficaz mudança de atitudes.
Quase como um diário, relata
episódios pouco inclusivos de falta de informação, de pessoas que blasfemam, ,situações
vividas com os serviços de saúde, assim como apoios inesperados (...) “fora das
paredes interiores de casa, que portas e janelas se abrem do nada, sem
esperarmos, sem sequer imaginarmos” (pág. 67). Aborda o impacto do nascimento
no casal e também o impacto nos filhos, focando a utilização de estratégias que
são parte integrante do processo.
Possui informações sobre as
caraterísticas da problemática, características reais, que independentemente de
um cromossoma a mais ou a menos, são as de todas as crianças. Uma viagem com
destino desconhecido mas de experiência inesquecível ao descobrir capacidades
“para além das especificidades”.
Menciona ainda assuntos
legais e especificação de apoios diversificados bem como contactos de
associações, para além de um recado final do que pretende com a sua obra. Um livro escrito com voz e
coração de mãe, que intenta ser uma ferramenta rumo a um futuro mais inclusivo
com respeito e valorização pela diferença.
A aceitação sem limites, a recusa em desistir e o acreditar sempre, onde é
notória a força dos afetos familiares que tudo conseguem face à discriminação e
indiferença.
Quanto mais testemunhos como
estes forem concebidos, maior será a consciencialização da sociedade para o
valor da diferença, contribuindo para um caminho que excluirá o preconceito, reivindicando
acessibilidades e oferta de oportunidades que contribuam efetivamente para a
igualdade de direitos de todos os cidadãos. Dar voz às famílias é essencial e
premente numa sociedade que se deseja inclusiva. Famílias com quem temos muito
que aprender e só podemos (devemos) cada vez mais respeitar.
Elvira Cristina Silva
in: Educação Inclusiva (pág. 34) - Vol.4 Nº 2 - dezembro 2013 (Revista da Pin-ANDEE - Pró-Inclusão: Associação Nacional de Docentes de Educação Especial)
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