sábado, 21 de abril de 2012
segunda-feira, 9 de abril de 2012
"Maria e Eu" de Miguel Gallardo
(Depois do anterior post a tentação foi grande e não resisti à participação no evento bem como à aquisição do referido livro.) 

Miguel, o pai, mora em Barcelona, enquanto Maria, a filha, vive com a mãe em Las palmas, nas Canárias. Maria tem 12 anos e é autista.
A narrativa simples, acompanhada de ilustração, é um relato original que em 2010, serviu de guião a um documentáriocinematográfico com o mesmo nome.
O autor, Miguel Gallardo, conceituado desenhador espanhol, com uma dose de humor, ironia e sinceridade proporciona ao leitor, numa preciosa obra autobiográfica o que é a experiência de vivenciar o autismo.

Maria, ela é única, como qualquer ser humano. Tem as suas peculiaridades, crispa os dentes, olha intensamente para a areia que lhe escorre entre os dedos das mãos, belisca com força os braços daqueles de quem gosta, diverte-se com gestos simples, como os desenhos que o seu pai lhe faz…
 Tudo isto sucede sob o olhar dos outros, críticos, inquisidores ou displicentes, as caras, os olhares, sempre os olhares … A antecipação das rotinas, os preparativos para as saídas, as inflexibilidades perante as mudanças… Tudo isto é contado por Miguel Gallardo numa escrita repleta de sinceridade e sentimentos, desde o humor das situações vividas, à ternura que espia na filha e nos outros capazes de a entenderem, à raiva usada pela indiferença dos outros à problemática da Maria.
Tudo isto sucede sob o olhar dos outros, críticos, inquisidores ou displicentes, as caras, os olhares, sempre os olhares … A antecipação das rotinas, os preparativos para as saídas, as inflexibilidades perante as mudanças… Tudo isto é contado por Miguel Gallardo numa escrita repleta de sinceridade e sentimentos, desde o humor das situações vividas, à ternura que espia na filha e nos outros capazes de a entenderem, à raiva usada pela indiferença dos outros à problemática da Maria.  Mas Maria, como a camisola que veste que diz: “I´M unique Just like everyone else “ é única, única como qualquer um. E é precisamente o que esta obra valoriza, as pequenas vitórias de um universo único, muito especial, onde os sentimentos são expressos de modo espontâneo, cheios de ternura, de forma única e irrepetível.
Mas Maria, como a camisola que veste que diz: “I´M unique Just like everyone else “ é única, única como qualquer um. E é precisamente o que esta obra valoriza, as pequenas vitórias de um universo único, muito especial, onde os sentimentos são expressos de modo espontâneo, cheios de ternura, de forma única e irrepetível. Uma obra extremamente comovente de discernimento lúcido de quem faz uma viagem diferente neste percurso da vida e que só o bom humor pode permitir a sanidade mental possível, capaz de desvalorizar os olhares admirados dos que não veem ou não querem ver a riqueza da diversidade!
EC
segunda-feira, 2 de abril de 2012
2 de Abril
Peter Reynolds é daqueles autores fantásticos, que na simplicidade do que ilustram sem muito dizerem, deixam a sua marca, alíás o seu lema, basta visitar o seu site ou ler os seus livros para compreender essa premissa. 
Essa marca visivel na mensagem que apela ao respeito e à criatividade infantil, sublime no seu livro "Ish" ou em "The dot" (já traduzido para português "O ponto" e editado pela Bruá). Mais do que ligar a convenções apela à necessidade de acender a criatividade em cada um de nós. 
Não fosse já bastante para me identificar com essa mensagem e me deliciar, eu que acredito que cada criança é única e que a ela se deve o direito à expressão livre, Peter Reynolds apela à diferença apelando para que o mundo seja melhor evidenciando a riqueza da diferença como ele faz de forma magistral, sem palavras, numa curta metragem com ilustrações de sua autoria e produzida por FableVision para SARRC (Autism Research Sudoeste e Centro de Recursos). O pequeno video evidencia  a solidão de uma criança com espectro do autismo e o impacto de mudança de vida em cada cada um de nós quando as conhecemos e com elas nos relacionamos...Necessário é acreditarmos...
  Sendo hoje o dia da conscencialização do autismo e paralelamente o Dia Internacional do Livro Infantil, este post é dois em um... porque, afinal isto anda tudo ligado, nós é que às vezes não lemos nas entrelinhas... 
EC
I'm Here
ver também: http://lapiselviracs.blogspot.pt/2012/04/2-de-abril.html
EC
I'm Here
ver também: http://lapiselviracs.blogspot.pt/2012/04/2-de-abril.html
domingo, 1 de abril de 2012
“María e Eu”, uma banda desenhada sobre autismo
Já tínhamos visto o documentário. Agora chega a Portugal o livro de BD com a história de Miguel Gallardo e da filha María
O ilustrador espanhol Miguel Gallardo desenhou a história da filha María,  autista, e o seu relacionamento com a sociedade, num livro editado este mês em  Portugal e apresentado em Lisboa, segunda-feira, Dia Mundial da  Consciencialização do Autismo.
María e Eu
De Miguel Gallardo e María Gallardo
Edições ASA
64 págs, Duas Cores, Capa Dura
Distribuído a 20 de Março
PVP: 15€
De Miguel Gallardo e María Gallardo
Edições ASA
64 págs, Duas Cores, Capa Dura
Distribuído a 20 de Março
PVP: 15€
“María e Eu”, editado pela Asa, foi publicado em Espanha em 2008, quando María tinha 12  anos. O autor relata uma semana de férias com a filha, descrevendo as  características particulares de quem é autista e a forma como os outros olham  para ela, precisamente por causa do autismo.
 “Não há quem fale nisto na primeira pessoa e com esta sensibilidade, por isso  eu tinha que o publicar. Não é lamechas e tem sentido de humor”, explicou a  editora Maria José Pereira à Agência Lusa.
O livro valeu a Miguel Gallardo um prémio e duas nomeações na área da banda  desenhada, em Espanha, foi adaptado para um documentário (apresentado no ano passado em Lisboa) e pode ser visto como  “um relato, um livro de ajuda, um livro de banda desenhada”, disse a  editora. “Um manual não convencional para educadores e profissionais que têm que  lidar com este tipo de problemas”, referiu.
Miguel Gallardo apresenta uma mancha gráfica que usa  habitualmente com a filha María, imagens simples e inequívocas que relatam os  rituais da filha, manifestações de alegria ou tristeza e alguns dos  comportamentos de quem sofre desta síndrome. O autor também desenhou as caras de  quem não sabe lidar com María, de quem tem medo do desconhecido, da estranheza.  “Gosto de desenhar para ela e que isso seja uma forma de comunicarmos”, escreveu  Miguel Gallardo.
 Os direitos das pessoas
“María e Eu” será apresentado na segunda-feira, dia 2 de Abril, na Fundação Calouste  Gulbenkian, numa sessão que assinala o Dia Mundial da Consciencialização do  Autismo, organizada pela Federação Portuguesa de Autismo. No encontro serão  debatidos os direitos das pessoas com autismo, com a presença de vários  especialistas na área.
A presidente da Federação Portuguesa de Autismo, Isabel Cottinelli Telmo,  considera aquele livro mais um instrumento para ajudar a explicar o que  significa uma criança ter uma perturbação do desenvolvimento relacionada com o  autismo. “É um livro interessante para as crianças mais velhas, talvez do  terceiro e quarto ciclos, porque têm mais dificuldade em aceitar as pessoas  autistas”.
No encontro em Lisboa, além do lançamento do livro, decorrerão debates com  pediatras, pais, técnicos profissionais e representantes das várias associações  que integram a Federação Portuguesa de Autismo.
in: P3 Publico
 
 Sessão Comemorativa
Os nossos direitos
Fundação Calouste Gulbenkian
Auditório 3Entrada Livre
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