Educar; promover, emancipar - os contributos de Paulo Freire e Rui Grácio para uma Pedagogia Emancipatória
António Teodoro (2001). Lisboa: Edições Universitárias Lusófonas
Este livro foi lançado no 2º Colóquio de Ciências de Educação da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias no mês de março de 2001.
Reúne um conjunto de textos de alguns conferencistas que participaram no ano de 2000 no 1º Colóquio daquela Universidade, subordinado ao tema que dá o título ao livro.
Não se trata de um livro de atas, mas permite àqueles que estiveram, e aos que não puderam participar no referido colóquio, a possibilidade de ler, não as comunicações apresentadas, mas antes uma escrita reformulada dos assuntos abordados pelos respetivos autores.
O primeiro texto: educação, democracia e cidadania, da autoria de Carlos Alberto Torres, faz uma análise crítica do conceito e teorias da cidadania e de democracia, remetendo para a questão da diversidade cultural, de forma a termos um mundo "menos feio, menos cruel e menos desumano", como dizia Paulo Freire. Aborda-se a cidadania como identidade e como virtude cívica.
O segundo texto, de Moacir Gadotti, aborda o percurso de vida e obra de Paulo Freire e a inserção desta no contexto das pedagogias atuais e seu contributo no papel da escola.
Rogério Fernandes, no terceiro texto deste livro, apresenta o percurso de vida e obra pedagógica de Rui Grácio e clarificação do conceito de pedagogia de emancipação na perspetiva do referido autor.
O quarto texto, de Alberto de Melo, e os três seguintes, que pertencem, respetivamente, a João Formosinho, Margarida Fernandes e Manuela Tavares, são relacionados com a formação de professores, analisando as novas funções destes, a necessidade de repensar a sua formação inicial e a abordagem do percurso de um centro já existente de formação contínua de educadores/professores, na questão de que a teoria e prática sejam uma realidade.
O texto de Carlos Alberto apresenta teses diabólicas sobre a escola, apelando à reflexão. É sem dúvida um texto provocatório que obriga a refletir se a escola tem atitudes emancipatórias.
A Moacir Gadotti pertence o nono texto que propõe algumas respostas a diversas questões colocadas pelos educadores numa transição e mudança de sociedade.
O texto de João Barroso aborda os vários paradoxos em que a escola se situa, constituindo uma leitura estimulante de contradições.
O último texto, de Almerindo Afonso, faz um levantamento de conceitos sobre emancipação e contextualiza a situação numa época de crises.
Constitui-se uma obra de abordagens heterogéneas, sobre questões pertinentes, que pode constituir, para todos aqueles que nele encontrem, um sentido de reflexão para promover e emancipar um novo caminho para a escola.
(Adaptado de rubrica Prelo CEI 58 (maio/junho 2001)
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