A educação em ciências no jardim de infância não recebeu ainda a devida atenção, nem tem sido considerada uma tarefa importante neste primeiro nível do sistema educativo. Nos últimos anos, porém, as tendências mudaram significativamente. As investigações que tomam a educação de infância como terreno de pesquisa começam a ter visibilidade e os seus resultados merecem a análise e a reflexão de todos quantos se ocupam deste nível de ensino, quer na dimensão político-administrativa, quer na dimensão da formação inicial e contínua de educadores.Este movimento era previsível. Por um lado, pela atenção que vem sendo dada à educação de infância a nível nacional e internacional, como consequência dos estudos que demonstram que o investimento neste nível de ensino é altamente reprodutivo no futuro. Por outro lado, porque, em face dos contributos teóricos de eminentes psicólogos e especialistas do desenvolvimento da criança, como Gesell, Piaget, Wallon, Piéron, Vygostky, Bruner, Ausubel, etc. começava a tornar-se teoricamente insustentável que a infância permanecesse arredada das agendas de investigação sobre educação em ciências.No entanto, não basta que haja uma significativa e convincente produção e evidência científica num determinado domínio da actividade humana para que as atitudes e as práticas dos actores implicados mudem significativamente, como comentava com desilusão o próprio Piaget (Psicologia e Pedagogia, 1969) acerca da permanência dos velhos métodos pedagógicos, apesar da evolução e contributos inestimáveis da psicologia do desenvolvimento e da aprendizagem.Daí ser pertinente (e necessário) perguntar: se a educação em ciências é importante a partir das primeiras idades, como convencer os educadores à sua prática quotidiana nas salas? E como induzi-los à implementação das actividades e estratégias mais adequadas para o conseguir?A oficina de formação “Despertar para a ciência – actividades dos 3 aos 6”, faz a divulgação da brochura com o mesmo nome, criada no âmbito do trabalho desenvolvido pela DGIDC, na área da educação pré-escolar e tem-se revelado de muito interesse e participação pela parte dos formandos. Além da oportunidade dos participantes experimentarem activamente as várias actividades que vão surgindo ao longo da formação, este espaço tem servido também de partilha e de troca de experiências e saberes, contribuindo para alargar horizontes no que respeita à literacia cientifica e para a melhoria das práticas neste âmbito.
Ana Paula Correia (Formadora da oficina Despertar para a Ciência - Actividades dos 3 aos 6)Correia, Ana (2004). A Educação em Ciências no Pré-escolar: Análise comparada em contextos europeus. Tese de Mestrado em Ciências da Educação. Universidade de Lisboa. Faculdade de Ciências.
Retirado na integra de: http://cfmbm-newsletter.blogspot.com/
Ana Paula Correia (Formadora da oficina Despertar para a Ciência - Actividades dos 3 aos 6)Correia, Ana (2004). A Educação em Ciências no Pré-escolar: Análise comparada em contextos europeus. Tese de Mestrado em Ciências da Educação. Universidade de Lisboa. Faculdade de Ciências.
Retirado na integra de: http://cfmbm-newsletter.blogspot.com/
1 comentário:
Muito bom!!!! e os nossos meninos adoram "Experimentar"!!
Perguntam todos os dias quando vamos "experimentar coisas":)
Bjs companheira, amiga desta e de outras batalhas:)
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