Histórias, Pensamentos e Ideias de Dias Comuns
João Nuno Baptista e Ricardo Miguel
Chiado (2019)
Lê-se, na contra capa do livro, que este é uma soma de textos escritos com o coração. Acrescente-se que só necessita desta “deixa” quem se depara com o livro que eventualmente, poderá adquirir para futura leitura. Porque quem o lê entenderá esse cliché final em jeito de promoção.
Porque o subtítulo é também elucidativo, quem o decide a ler, sabe à partida, ao que vai. Um livro de pequenos textos, que tocam, evidentemente a vulnerabilidade da efémera passagem pela vida. Despretensiosos, estão em cada título como versos. Entenda-se como verso, no seu significado, o ritmo, melodia e métrica dada a uma poesia. O livro não está escrito em verso, mas metaforicamente, os seus títulos introduzem a medida dos dias onde a poesia existe.
Já o reverso, remete-nos para o não observável, mas que está em oposição. Tal como a vida na sua dualidade dos dias.
Os textos, aparentemente, demasiado evidentes, deixam após a sua leitura, transparecer dois personagens ,que alternadamente se expõem nos seus escritos, revelando uma mescla de sentimentos que produzem o efeito desejado pelos próprios: Ideias de dias comuns. Assim, simples, como a vida. Contudo, tiveram a ousadia de partilhar e levar o leitor a pensar e a identificar-se com as mesmas questões, sentimentos, os mesmos sonhos. Com uma diferença, não foi o leitor a escrever, porém, encontra-se a si próprio no que lê, sobre a fragilidade dos dias para os quais não há retorno.
in: Revista Pró Inclusão Vol10 - nº 2 (2019)
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