segunda-feira, 24 de dezembro de 2012
segunda-feira, 10 de dezembro de 2012
A Boneca de Kokoschka de Afonso Cruz
A Boneca de Kokoschka Afonso Cruz
Editora: Quetzal
Sinopse: O pintor Oskar Kokoschka estava tão apaixonado por Alma Mahler que, quando a relação acabou, mandou construir uma boneca, de tamanho real, com todos os pormenores da sua amada. A carta à fabricante de marionetas, que era acompanhada de vários desenhos com indicações para o seu fabrico, incluía quais as rugas da pele que ele achava imprescindíveis. Kokoschka, longe de esconder a sua paixão, passeava a boneca pela cidade e levava-a à ópera. Mas um dia, farto dela, partiu-lhe uma garrafa de vinho tinto na cabeça e a boneca foi para o lixo. Foi a partir daí que ela se tornou fundamental para o destino de várias pessoas que sobreviveram às quatro toneladas de bombas que caíram em Dresden durante a Segunda Guerra Mundial.
Opinião: Existem sempre aqueles livros que depois de lidos, de tão grandiosas que são as obras, ficamos sem saber bem como começar a falar deles com receio de não fazer jus à experiência que foi a sua leitura. Tal aconteceu comigo após ter terminado A Boneca de Kokoscha. Sendo já uma forte admiradora do artista que Afonso Cruz é, para além de escritor é também músico, realizador, ilustrador, entre outros, fiquei completamente rendida à sua narrativa.
A Boneca de Kokoschka centra-se na história do pintor Oskar Kokoschka que, quando terminou a relação com Alma Mahler, mandou construir uma boneca, de tamanho real, com todos os pormenores da sua amada. Apesar de só termos noção do impacto desta acção quase no fim do livro, é inevitável não ficarmos deslumbrados com a escrita enigmática e labiríntica do autor.
«O senhor terá, porventura, alguma dificuldade em digerir algumas destas coincidências, mas a vida é um emaranhado de complexos fios». Esta sentença acaba por definir bastante bem o que vamos sentindo ao longo da leitura. A forma magistral como o autor constrói toda a história, sem nunca aborrecer o leitor e obrigando a sua mente a trabalhar, apraz os mais exigentes e sem dúvida fascinará os mais cépticos.
«Estou a escrever um livro novo.
É sobre o quê – perguntou Isaac Dresner.
Sei lá. Sobre o amor ou sobre o ódio, a condição humana, essas coisas. Do que é que tratam os livros?»
Pois eu digo que é disso e muito mais. É uma visão de vários ângulos de todas as motivações humanas. E é no seio da realidade misturada com a ficção que Afonso Cruz nos mostra isso mesmo.
Após o reconhecimento da qualidade da sua obra de contista, com a atribuição do prémio Camilo Castelo Branco à Enciclopédia da Estória Universal, A Boneca de Kokoschka ganhou o prémio da União Europeia para a Literatura sendo o primeiro passo na afirmação internacional do nosso escritor português.
Eliminem as vossas reservas e rendam-se à obra de arte que é A Boneca de Kokoschka. Para além de ser o resultado de uma obra escrita fenomenal do autor, conta também com fotografias e ilustrações do mesmo. Muito, muito bom.
Sinopse: O pintor Oskar Kokoschka estava tão apaixonado por Alma Mahler que, quando a relação acabou, mandou construir uma boneca, de tamanho real, com todos os pormenores da sua amada. A carta à fabricante de marionetas, que era acompanhada de vários desenhos com indicações para o seu fabrico, incluía quais as rugas da pele que ele achava imprescindíveis. Kokoschka, longe de esconder a sua paixão, passeava a boneca pela cidade e levava-a à ópera. Mas um dia, farto dela, partiu-lhe uma garrafa de vinho tinto na cabeça e a boneca foi para o lixo. Foi a partir daí que ela se tornou fundamental para o destino de várias pessoas que sobreviveram às quatro toneladas de bombas que caíram em Dresden durante a Segunda Guerra Mundial.
Opinião: Existem sempre aqueles livros que depois de lidos, de tão grandiosas que são as obras, ficamos sem saber bem como começar a falar deles com receio de não fazer jus à experiência que foi a sua leitura. Tal aconteceu comigo após ter terminado A Boneca de Kokoscha. Sendo já uma forte admiradora do artista que Afonso Cruz é, para além de escritor é também músico, realizador, ilustrador, entre outros, fiquei completamente rendida à sua narrativa.
A Boneca de Kokoschka centra-se na história do pintor Oskar Kokoschka que, quando terminou a relação com Alma Mahler, mandou construir uma boneca, de tamanho real, com todos os pormenores da sua amada. Apesar de só termos noção do impacto desta acção quase no fim do livro, é inevitável não ficarmos deslumbrados com a escrita enigmática e labiríntica do autor.
«O senhor terá, porventura, alguma dificuldade em digerir algumas destas coincidências, mas a vida é um emaranhado de complexos fios». Esta sentença acaba por definir bastante bem o que vamos sentindo ao longo da leitura. A forma magistral como o autor constrói toda a história, sem nunca aborrecer o leitor e obrigando a sua mente a trabalhar, apraz os mais exigentes e sem dúvida fascinará os mais cépticos.
«Estou a escrever um livro novo.
É sobre o quê – perguntou Isaac Dresner.
Sei lá. Sobre o amor ou sobre o ódio, a condição humana, essas coisas. Do que é que tratam os livros?»
Pois eu digo que é disso e muito mais. É uma visão de vários ângulos de todas as motivações humanas. E é no seio da realidade misturada com a ficção que Afonso Cruz nos mostra isso mesmo.
Após o reconhecimento da qualidade da sua obra de contista, com a atribuição do prémio Camilo Castelo Branco à Enciclopédia da Estória Universal, A Boneca de Kokoschka ganhou o prémio da União Europeia para a Literatura sendo o primeiro passo na afirmação internacional do nosso escritor português.
Eliminem as vossas reservas e rendam-se à obra de arte que é A Boneca de Kokoschka. Para além de ser o resultado de uma obra escrita fenomenal do autor, conta também com fotografias e ilustrações do mesmo. Muito, muito bom.
in: branmorrighan
sábado, 8 de dezembro de 2012
Despacho normativo n.º 24-A/2012. D.R. n.º 236, 2.º Suplemento, Série II de 2012-12-06, Regulamenta a avaliação de alunos do ensino básico.
Ainda durante o dia de ontem, foi
publicado o Despacho normativo n.º 24-A/2012, que regulamenta a avaliação e a certificação dos
conhecimentos adquiridos e das capacidades desenvolvidas pelos alunos do ensino
básico, nos estabelecimentos de ensino público, particular e cooperativo, bem
como os seus efeitos, e as medidas de promoção do sucesso escolar que podem ser
adotadas no acompanhamento e desenvolvimento dos alunos, sem prejuízo de outras
que o agrupamento de escolas ou escola não agrupada defina no âmbito da sua
autonomia.
O diploma faz algumas referências
aos com necessidades educativas especiais e aos docentes de educação especial.Do
processo individual do aluno devem constar todos os elementos que assinalem o
seu percurso e a sua evolução ao longo deste, designadamente:
a) Elementos fundamentais de
identificação do aluno;
b) Fichas de registo de
avaliação;
c) Relatórios médicos e ou de
avaliação psicológica, quando existam;
d) Programas de acompanhamento
pedagógico, quando existam;
e) Programas educativos
individuais e os relatórios circunstanciados, no caso de o aluno ser abrangido
pelo Decreto-Lei n.º 3/2008, de 7 de janeiro,
incluindo, quando aplicável, o currículo específico individual definido no
artigo 21.º daquele decreto-lei;
f) Outros elementos considerados
relevantes para a evolução e formação do aluno.
Intervêm no processo de avaliação,
designadamente:
a) O professor;
b) O aluno;
c) O conselho de docentes, no 1.º
ciclo, quando exista, ou o conselho de turma, nos 2.º e 3.º ciclos;
d) Os órgãos de gestão da
escola;
e) O encarregado de
educação;
f) O docente de educação especial
e outros profissionais que acompanhem o desenvolvimento do processo educativo do
aluno;
g) A administração
educativa.
A escola deve assegurar as
condições de participação dos alunos, dos encarregados de educação, dos
profissionais com competência em matéria de apoios especializados e dos demais
intervenientes, nos termos definidos no seu regulamento interno.Na avaliação
interna, a informação resultante da avaliação sumativa dos alunos do ensino
básico com currículo específico individual, abrangidos pelo artigo 21.º do
Decreto-Lei n.º 3/2008, de 7 de janeiro, expressa-se numa menção qualitativa de
Muito bom, Bom, Suficiente e Insuficiente, acompanhada de uma apreciação
descritiva sobre a evolução do aluno (cf n.º 10 do art. 8.º).
Na avaliação externa, estão
dispensados da realização de provas finais dos 1.º, 2.º e 3.º ciclos os alunos
que estejam abrangidos pelo artigo 21.º do Decreto -Lei n.º 3/2008, de 7 de
janeiro (currículo específico individual) (cf. alíneas b) do n.º 13 e e) do n.º
14 do art. 10.º).
Os alunos com necessidades
educativas especiais de caráter permanente, abrangidos pelo disposto no n.º 1 do
artigo 20.º do Decreto-Lei n.º 3/2008, de 7 de janeiro, prestam as provas finais
de ciclo previstas para os restantes examinandos, podendo, no entanto, usufruir
de condições especiais de avaliação ao abrigo da legislação em vigor (cf. art.
11.º).
A conclusão do ensino básico é
certificada pelos órgãos de direção da escola, através da emissão
de:
a) Um diploma que ateste a
conclusão do ensino básico;
b) Um certificado que ateste o
nível de qualificação, discrimine as disciplinas ou módulos concluídos e as
respetivas classificações finais, bem como as classificações das provas finais
de ciclo obtidas nas disciplinas em que foram realizadas. Este certificado deve
ainda conter um anexo todas as atividades extracurriculares desenvolvidas pelo
aluno, designadamente as realizadas no âmbito de ações de
voluntariado.
Mediante a apresentação de
requerimento, é passado, pelo diretor da escola, um certificado para efeitos de
admissão no mercado de trabalho, ao aluno que atingir a idade limite da
escolaridade obrigatória, que tenha usufruído de currículo específico individual
e de um plano individual de transição, abrangido pelo artigo 14.º do Decreto-Lei
n.º 3/2008, de 7 de janeiro (cf. n.º 3 do art. 19.º).
Um aluno que revele capacidade de
aprendizagem excecional e um adequado grau de maturidade, a par do
desenvolvimento das capacidades previstas para o ciclo que frequenta, poderá
progredir mais rapidamente no ensino básico, beneficiando de uma das seguintes
hipóteses ou de ambas:
a) Concluir o 1.º ciclo com 9 anos
de idade, completados até 31 de dezembro do ano respetivo, podendo completar o
1.º ciclo em três anos;
b) Transitar de ano de
escolaridade antes do final do ano letivo, uma única vez, ao longo dos 2.º e 3.º
ciclos.
São revogados o Despacho Normativo
n.º 1/2005, de 5 de janeiro, na sua redação atual, e o Despacho Normativo n.º
50/2005, de 9 de novembro.
Levantam-se algumas questões
pragmáticas que, por qualquer motivo, o legislador não contempla e sobre as
quais já escrevi anteriormente (Estatuto do docente de educação especial no conselho de turma; Regime de organização e funcionamento dos cursos científico-humanísticos e os professores de educação especial).
A propósito da composição do
conselho de docentes, refere que será constituído, para efeitos de avaliação dos
alunos, por todos os professores titulares de turma do 1.º ciclo de cada
estabelecimento constituinte do agrupamento. Podem ainda intervir, sem direito a
voto, os serviços com competência em matéria de apoio educativo e serviços ou
entidades cuja contribuição o conselho pedagógico considere conveniente. A
classificação final a atribuir em cada área disciplinar é da competência do
professor titular de turma, ouvido o conselho de docentes.
Numa primeira análise, excluem-se
do processo avaliativo efetivo, os docentes de educação especial, por não serem
considerados elementos de direito do conselho de docentes.
Não considero que os docentes de
educação especial se enquadrem nos designados apoios educativos. Por outro lado,
os alunos com currículo específico individual desenvolvem (ou podem desenvolver)
áreas curriculares que não fazem parte do currículo comum, sendo estas da
responsabilidade do docente de educação,e às quais são avaliados. Sendo da
responsabilidade do docente de educação especial, também lhe compete proceder à
respetiva avaliação. Neste caso, e partindo do pressuposto que não integra
"efetivamente" o conselho de docentes, quem propõe a avaliação? Será o docente
titular de turma o porta-voz do professor de educação especial?
Relativamente aos 2.º e 3.º ciclos
do ensino básico, o normativo refere que, para efeitos de avaliação dos alunos,
o conselho de turma é constituído por todos os professores da turma, sendo seu
presidente o diretor de turma. Considero que, neste caso, o docente de educação
especial integra por direito o conselho de turma porque, pelos motivos referidos
acima, há situações em que os alunos, sobretudo os que beneficiam de currículo
específico individual, desenvolvem áreas curriculares que não fazem parte do
currículo comum fora do contexto de sala de aula.
Do mesmo modo, o docente de
Educação Moral e Religiosa Católicas é considerado professor da turma, embora
nem todos os alunos se encontrem matriculados e frequentem a
disciplina.
Do articulado deste normativo,
transparecem alguns resquícios do antigo despacho conjunto n.º 105/97, no qual
os docentes de apoio educativo, como eram designados na altura, eram
considerados um pouco à margem destes processos vinculativos. O paradigma
alterou-se e, presentemente, os docentes de educação especial são de facto
professores com responsabilidades diretas no processo educativo dos alunos,
designadamente ao nível avaliativo.
In: Incluso
sábado, 3 de novembro de 2012
A Inclusão está a passar por aqui... 3.º Encontro Práticas para a Inclusão
Realizou-se no passado dia 13 de outubro o Encontro:
“Práticas para a Inclusão” promovido pela Câmara Municipal de Sintra que decorreu
na Escola Secundária Padre Alberto Neto em Queluz.
Após a sessão de abertura o primeiro painel
intitulado “Criança, Família, Escola” foi da responsabilidade de Nuno Lobo
Antunes. Este apresentou o novo centro clinico PIN – Progresso Infantil, abordou
o papel da sociedade na educação, o individuo como ser exclusivo na sua
individualidade, bem como apresentou algumas problemáticas mais frequentes no
desenvolvimento da criança, referiu ainda a importância do diagnóstico e o
papel da sociedade bem como a importância da autoridade parental.
O painel com o título “Entrelaçar” foi dedicado à
apresentação das práticas de dois agrupamentos de Escolas (Ferreira de Castro e
D. Maria II), ambos centraram a apresentação no funcionamento das Unidades
existentes e as diferentes respostas às especificidades dos alunos.
O Painel III, “Capacitação das Famílias” esteve a
cargo de Luisa Beltrão e Júlia Serpa Pimentel que apresentaram o funcionamento
do Movimento Pais em Rede e
proporcionaram ainda a dois encarregados de educação e a outros que assistiam
na plateia, a partilha resultante do seu envolvimento nesta associação e em
particular na participação das oficinas para pais.
O último painel deste encontro realizou-se após o
almoço, onde Dr.ª. Teresa Leite abordou “ A musicoterapia no sistema
educativo”, a importância da sua utilização e das vivências a ela associadas na
relação terapêutica, as áreas de aplicação, métodos e técnicas, as diferenças
entre educação musical adaptada e música na educação especial. Terminou ainda
referindo o bom princípio que é a Inclusão salientando a falta de meios para
que este conceito se torne mais operacional na escola.
As oficinas decorreram após este painel,
diversificando-se nas suas temáticas.
Não posso deixar de agradecer o convite feito pela divisão
de educação da Câmara Municipal de Sintra à Pin- ANDEE. É neste âmbito que
surge este resumo do encontro pois coube-me a mim o comentário final sobre o
mesmo.
Não deixa de ser curioso este Encontro ter começado
com o PIN – (nome escolhido pela nova equipa do Progresso Infantil) e terminar
com a PIN – Pró Inclusão – Associação Nacional dos Docentes de Educação
Especial. Tal como o PIN, referido pelo Dr. Nuno Lobo Antunes também a Pin da Pró
Inclusão-ANDEE se prende ao peito, um objeto frágil, simbólico, porém, já com
mais idade do que o atual PIN.
A Pin da Pró Inclusão foi criada em 2008, após um
percurso feito no FEEI (Fórum de Estudos de Educação Inclusiva). Este grupo de
trabalho resolveu criar uma associação com o objetivo de por um lado apoiar a
profissionalidade dos docentes de educação especial nas práticas, na
investigação e politicas e paralelemente promover educação de qualidade para
alunos com necessidades educativas especiais no âmbito dos valores da Inclusão.
Foram ainda referidos os eventos e as publicações da
nossa associação deixando obviamente o convite para que nela participem de
forma a tornar-se cada vez mais um espaço de reflexão e partilha.
Não pude deixar de aludir a minha presença como dois
em um, tal como se de um shampoo se tratasse… Por um lado represento a Pin-ANDEE
(enquanto elemento da direção) e por outro represento-me a mim própria, enquanto
docente de educação especial, pois obviamente uma não vive sem a outra.
A alusão ao shampoo de modo nenhum foi arbitrária.
Aquele lava as cabeças e a minha função no comentário final foi de agitar as cabeças
dos presentes ou pelo menos a minha. Porque de facto todos os painéis do
encontro agitaram cada um de nós com momentos bem merecedores de que isso
acontecesse.
A tarefa de um comentário final nunca é tarefa fácil,
ainda mais quando se está a absorver tudo o que foi abordado. A ideia não era a
de um resumo, portanto optei, de modo sintético, por dar apenas uma piscadela
de olho em cada um dos painéis aludindo ao que de mais pertinente salientei
como ponto de reflexão:
Impossível ficar-se indiferente à comunicação sobre a
tríade: Criança/Escola/Família com palavras conhecedoras, porém recheadas de
algum humor discutível com que nos presenteou o Dr. Nuno Lobo Antunes.
A palavra entrelaçar, muito bem escolhida, para partilhar
as Práticas das escolas Ferreira de Castro e D. Maria II, como promotoras de
inclusão efetiva.
A capacitação das famílias na importância de lhes dar
voz, porque são elas de facto quem melhor conhece os seus filhos e só elas mesmo, sem pudermos sequer imaginar,
vivem na pele a experiência.
A importância da música no desenvolvimento do
individuo. As oficinas ricas na sua diversidade e partilha. Não esquecendo a
visita à exposição Imagina Lá onde
foi possível ver os trabalhos realizados e o escolhido para o cartaz de
divulgação do evento.
Após um riquíssimo leque de painéis a que tivemos
acesso, recordei a citação de Walter Eigner, referida em 1995 na sua obra: “A educação inclusiva é uma questão de bom
senso”, em que o autor expressava que não deveria ser necessário lembrar a
Declaração de Salamanca para reconhecer que a Educação Inclusiva é ela,
fundamentalmente um direito elementar numa escola de qualidade com reflexo numa
sociedade mais humanitária.
Passados alguns anos, daquela citação (mais
precisamente dezassete anos – uma citação quase, quase com idade adulta que
refere a declaração Salamanca, esta sim de idade adulta), o hiato temporário
que nos separa e a maturidade destes conceitos, por incrível que pareça, ainda não
fizeram eco em alguns céticos face à inclusão. Existem mesmo alguns indivíduos (vindos
não se sabe de que planeta) que consideram não só o termo, em si utópico, como duvidam
do sentido do seu significado.
O que é pena, pois a inclusão nada tem de extraordinário.
Luisa Beltrão enfatizou neste encontro a importância da escola: “quanto mais
não fosse pelo benefício da socialização…”
É tão simplesmente aceitar que todos têm direitos, pois
é de direitos humanos que se fala em primeira instância. Muitos professores,
infelizmente, é verdade, e outras classes profissionais ainda desconhecem o
termo e ao que ele se refere na prática.
Talvez a solução passe pela formação dos
profissionais e essencialmente motivação da sociedade para a aceitar o outro
incondicionalmente. Penso que neste encontro foi visível essa motivação, no
modo de compreender e intervir na diferença, refletindo essencialmente o que é
em si mesmo a diferença, pressupondo esta uma conceção homogénea do ser humano,
bem longe do que é a realidade.
Diferença é o que distingue a exclusividade do
individuo, é sinónimo de criatividade. Na sociedade atual conturbada é
necessário mesmo alguma dose de criatividade para que nos aproximemos uns dos
outros, nos tornemos mais autênticos, necessitando mesmo de ser criativos face
aos desafios atuais.
Para finalizar um desafio atual e pertinente (e
também criativo, porque não?) sobre a necessidade de reflexão conceptual e
prática da nova portaria n.º 275-A. Reflexão e diferentes opiniões sobre a
mesma, porque, como tudo na vida há sempre dois (ou mais) olhares sobre as
coisas. Uns que contestam, outros que aceitam incondicionalmente.
Cabe, a cada um de nós encontrar o sentido desta
medida educativa após um percurso educacional de doze anos de escolaridade. Ainda
estou a tentar entender esta medida e o seu sentido e creio não estar sozinha
na busca do seu entendimento. Foi referido neste encontro que alguns alunos
estão atualmente em casa sem resposta face à atual portaria… “Surge um deserto
de respostas após doze anos de escolaridade”, referiu Júlia Serpa Pimentel.
Procuremos neste âmbito e em outros, uma reflexão do
que melhor se faz para tornar a educação, toda ela, mais justa e equalitária. Porque
foi, aliás, de práticas de inclusão que se falou durante todo o encontro.
Sergio Godinho dizia numa canção“ A liberdade está a
passar por aqui”. Sobre esse pensamento com certeza todos teremos também algumas
reflexões na conjetura atual, mas foi adaptando aquele pensamento que deixei o
repto:
“ A inclusão está a passar por aqui. Ela acontece de
facto nas escolas!
Mas deixa rasto ou não? É temporária? Fictícia?
Não podemos deixar de nos interrogar sobre o modo
como está a ser entendida esta e outras medidas educativas.
Gostaria de não ter que esperar mais tempo para que,
quer a declaração de Salamanca ou a citação que mencionei, faça eco na
sociedade.
Acredito que é possível. Por isso mesmo estive
presente neste encontro, agradecendo a todos o que o tornaram possível, deixando
aqui o meu testemunho.
Posso ainda acrescentar que, algumas famílias e
docentes, após o meu comentário final referiram que também eles acreditam que a
inclusão existe e é irreversível!
Luis Fernandes (psicomotricista) pegando nestas
provocações de metáforas à inclusão também ele lembrou a frase de Bernardo
Fachada numa canção que refere “que a liberdade já passou por aqui mas estava
mal ensinada … ”
Quanto à inclusão, acreditamos, não está mal
ensinada, pelo contrário, ela faz-se em muitas partilhas, como foi este
encontro que, ainda nas palavras de Luis Fernandes, constituem uma pedrada no
charco.
Pela parte que me toca, atiremos então com mais
pedras para o charco!
Elvira Cristina Silva
in: Editorial da newsletter n.º 48 da 2ª quinzena de outubro da Pin-ANDEE
quarta-feira, 10 de outubro de 2012
Falando com quem faz
No passado sábado dia 29 de setembro, reiniciou-se o
ciclo de sábados “Falando com quem faz”.
Organização da Pin- Pró Inclusão: Associação Nacional de Docentes de Educação
Especial, com acreditação pelo CCFPC com 0,6 créditos, na modalidade de ação de
formação.
A sala programada da
Escola Básica S. Vicente em Telheiras, encheu-se de cerca de quatro dezenas de
docentes que aderiram à iniciativa. Uma partilha dinamizada por Ana Ferreira
com a temática “Medidas Educativas”. A ideia base foi a conceção legislativa na
sua aplicação prática.
Poder-se-ia pensar que o conhecimento do atual decreto,
(pelo qual se rege a educação especial), já com quatro anos de vida, seria um
tema sem muito para se discutir, mas desenganem-se, curiosamente parece ainda
não ser consensual. Quer no seu âmbito global, bem como ao nível específico da
aplicação das medidas educativas.
Uma situação bastante realçada foi a necessidade de
interpretação igualitária por todos os docentes que a aplicam. Em muitos casos
impera o bom senso de modo a evitar situações redundantes na aplicação das
referidas medidas.
Landivan (1993: 53) refere adequações curriculares
como “modificações que são necessárias realizar nos diferentes elementos do
currículo para o adequar às diferentes situações, grupos e pessoas para os
quais se aplica”. Quer as estratégias, recursos, metodologias e a organização e
gestão do espaço nas adequações ao currículo foram também partilhadas com
diferentes perspetivas e enquadramentos.
A grande tónica deste momento de partilha
foi, sem dúvida, a consciencialização de que sejam quais forem as medidas
aplicadas, elas devem ser pensadas SEMPRE de modo ao que melhor se aplica a
cada aluno.
Em jeito de síntese pode-se referir que a
temática não se esgotou nesta manhã. Ficou já um compromisso de uma segunda
parte com análise de casos práticos num próximo ciclo de sábados.
O próximo “Falando com quem faz”, realiza-se sábado
dia 20 de outubro, sobre a temática “Modalidades Especificas de Educação: As Unidades”,
dinamização a cargo de Leonor Brito.
Elvira Cristina Silva
sábado, 19 de maio de 2012
terça-feira, 15 de maio de 2012
5Watts de Potência Musical
Watt – Unidade de potência do Sistema Internacional que é equivalente à energia consumida por unidade de tempo ou seja, é igual a um joule por segundo (1 J/s).
A unidade watt recebeu este nome em homenagem a James Watt, pelas suas contribuições para o desenvolvimento do motor a vapor, e foi adoptada pelo segundo congresso da associação britânica para o avanço da ciência em 1889.
5Watts – Unidade de potência do Sistema Nacional de Jazz que equivale à energia despendida por quatro mega músicos por unidade de tempo ou seja, igual a 4MW.
A unidade 5watts recebeu este nome devido à muita energia emanada em palco, contribuindo eficazmente para o desenvolvimento do Jazz-Fusão, Funk, Hip-hop e Soul, tendo sido adoptada pela banda numa das primeiras jam’s em estúdio em 2011.
O 5º Watt… quem é?
O público pois claro, que se espera numeroso e participativo. Venham pois então apanhar umas quantas doses de potência máxima já na próxima…
…4ª Feira 16 de Maio de 2012 pelas 23:00 no Bacalhoeiro, na Rua dos Bacalhoeiros, 125 Lisboa (perto da Casa dos Bicos)…
… e logo a seguir no…
…Sábado 19 de Maio de 2012 pelas 23:30 no Catacumbas Jazz-Bar , Travessa da Água da Flor 43, 1200 Lisboa (Bairro Alto).
Entretanto para quem quiser “ouver” 5Watts não deixe de visitar:
Um abraço dos:
Histórias em 77 palavras
Um sem o outro, não
podiam existir. Os dois rapidamente passaram a três. Foram viver
para um andar de quatro assoalhadas num quinto andar na cidade.
Eram seis de volta da criança, pais, avós paternos e maternos que faziam
o diabo a sete para que a vida não fosse um oito incontornável…
corrida para o emprego, fazeres rotineiros, tratar da criança… Nove meses
passados compraram um lote de dez hectares no campo e foram viver todos
juntos!
Elvira Cristina Silva
domingo, 6 de maio de 2012
Histórias em 77 palavras
No seguimento do post anterior decidi responder ao desafio da semana.
E foi esta a história que aqui partilho que foi publicada.
Primeiro surgiram dúvidas segundo as quais me levaram a refletir sobre o assunto, não foram três, nem quatro, mas cinco pessoas que referem pela sexta vez que os meus mails de sete ou oito palavras mostram claramente que não estou bem!
Não sei se eu, ou meus mails devemos consultar um psicólogo… Resumo em nove palavras o que me vai na alma e em dez segundos o faço: De agora em diante não respondo, estou “of line”!
Elvira Cristina Silva
in: http://77palavras.blogspot.pt/2012/05/historias-recebidas-desafio-n-3-2012.html
sexta-feira, 4 de maio de 2012
Histórias em 77 palavras
Todos os meses, a Margarida Fonseca Santos escreve três histórias para a revista Pais&Filhos: uma para filhos, outra para os
pais (avós, tios...) e por fim uma com pais e filhos. A Francisca Torres
ilustra.
Para além disso todas as semanas existe um desafio a quem quiser partilhar histórias, claro, em 77 palavaras.
É lá, no blogue criado para o efeito, que desta vez foi publicado um dos meus desafios...
Da vida, a memória trazia-lhe
breves rumores ao pensamento. Tinha decidido tirar dela o máximo prazer, tivesse
que partir de novo onde tudo venha justamente do nada. Acontecia, agora
reconhecer-se como um reinício, sempre obrigando-se a não olhar-se no espelho,
não pelas rugas nele espelhadas ao milímetro, consciente que pouco importava o
monótono aspeto físico. Guardaria ânimo para recomeçar sem melindres ou
lamentos. Sem pressa iria sozinha alcançar a meta pré destinada a rasgar-se do
próprio eu.
Elvira Cristina Silva
quinta-feira, 3 de maio de 2012
Tirar o hífen....
Porque somos todos um e fazemos parte do mesmo puzzle com o
desafio individual , do compromisso, do entusiasmo.
A importância das questões pertinentes. Observar a vida e aproveitar o que ele nos traz...porque a vida traz-nos o que precisamos, embora não seja sempre o que desejamos dela. Estarmos na vida e agir, atuar. Sermos responsáveis pelo que fazemos, pelo que assumimos. A nossa opção de estar no mundo quando derrubamos os muros.
Citando Eduardo Barroso "a saúde é um estado transitório que não augura nada de bom…"daí que há que aproveitar cada momento, aproveitar o que fazemos enquanto estamos no mundo. Aos portugueses, sempre, um pouco incrédulos, pela tradição, acreditando que apesar das contrariedades o mundo pode ser, e é maravilhoso.
Porque somos donos de nós próprios e dos nossos atos, mais altruístas ou perneciosos. Citando Damásio no seu ultimo livro que refere que "consciência é ter a capacidade
fantástica de ter uma mente equipada com um dono".
Porque nós não somos "teres-humanos" mas seres
humanos...
Porque o que faz a diferença é o entusiasmo...
Porque somos nós que fazemos a diferença
Aconselho-vos a "ganhar tempo" e a perceber o que fazem dele com este pequeno filme:
Um agradecimento especial à Helena Maia por partilhar este video comigo. Por vezes o ânimo chega mesmo quando não estavamos à espera.
EC
EC
5 watts no Bacalhoeiro
Quarta-feira, dia 16 de Maio de 2012 pelas 23:00 os 5 Watts vão atuar no Bacalhoeiro.
Rua dos Bacalhoeir os 125 1º e 2º
0s 5 watts, grupo de Jazzz têm na sua composição:
Guilherme Salgueiro - Teclas
Gustavo Almeida - Baixo
Ariel Rosa - Bateria
Jónatas Marques - Guitarra
Gustavo Almeida - Baixo
Ariel Rosa - Bateria
Jónatas Marques - Guitarra
A atuação no Arte e Manha podem visitar aqui:
quarta-feira, 2 de maio de 2012
Escada de clássicos
Origem da autoria da foto: desconhecida
(caso o autor se manifeste, será com todo o prazer
que será feita a sua identificação)
terça-feira, 1 de maio de 2012
Legado a Giacometti
Aos que proporcionaram que o momento se torne inesquecível o nosso muito Obrigada!
Fotos de Sara Alvarrão
sábado, 21 de abril de 2012
segunda-feira, 9 de abril de 2012
"Maria e Eu" de Miguel Gallardo
(Depois do anterior post a tentação foi grande e não resisti à participação no evento bem como à aquisição do referido livro.)
Miguel, o pai, mora em Barcelona, enquanto Maria, a filha, vive com a mãe em Las palmas, nas Canárias. Maria tem 12 anos e é autista.
A narrativa simples, acompanhada de ilustração, é um relato original que em 2010, serviu de guião a um documentáriocinematográfico com o mesmo nome.
O autor, Miguel Gallardo, conceituado desenhador espanhol, com uma dose de humor, ironia e sinceridade proporciona ao leitor, numa preciosa obra autobiográfica o que é a experiência de vivenciar o autismo.
Maria, ela é única, como qualquer ser humano. Tem as suas peculiaridades, crispa os dentes, olha intensamente para a areia que lhe escorre entre os dedos das mãos, belisca com força os braços daqueles de quem gosta, diverte-se com gestos simples, como os desenhos que o seu pai lhe faz…
Tudo isto sucede sob o olhar dos outros, críticos, inquisidores ou displicentes, as caras, os olhares, sempre os olhares … A antecipação das rotinas, os preparativos para as saídas, as inflexibilidades perante as mudanças… Tudo isto é contado por Miguel Gallardo numa escrita repleta de sinceridade e sentimentos, desde o humor das situações vividas, à ternura que espia na filha e nos outros capazes de a entenderem, à raiva usada pela indiferença dos outros à problemática da Maria.
Uma obra extremamente comovente de discernimento lúcido de quem faz uma viagem diferente neste percurso da vida e que só o bom humor pode permitir a sanidade mental possível, capaz de desvalorizar os olhares admirados dos que não veem ou não querem ver a riqueza da diversidade!
EC
segunda-feira, 2 de abril de 2012
2 de Abril
Peter Reynolds é daqueles autores fantásticos, que na simplicidade do que ilustram sem muito dizerem, deixam a sua marca, alíás o seu lema, basta visitar o seu site ou ler os seus livros para compreender essa premissa.
Essa marca visivel na mensagem que apela ao respeito e à criatividade infantil, sublime no seu livro "Ish" ou em "The dot" (já traduzido para português "O ponto" e editado pela Bruá). Mais do que ligar a convenções apela à necessidade de acender a criatividade em cada um de nós.
Não fosse já bastante para me identificar com essa mensagem e me deliciar, eu que acredito que cada criança é única e que a ela se deve o direito à expressão livre, Peter Reynolds apela à diferença apelando para que o mundo seja melhor evidenciando a riqueza da diferença como ele faz de forma magistral, sem palavras, numa curta metragem com ilustrações de sua autoria e produzida por FableVision para SARRC (Autism Research Sudoeste e Centro de Recursos). O pequeno video evidencia a solidão de uma criança com espectro do autismo e o impacto de mudança de vida em cada cada um de nós quando as conhecemos e com elas nos relacionamos...Necessário é acreditarmos...
Sendo hoje o dia da conscencialização do autismo e paralelamente o Dia Internacional do Livro Infantil, este post é dois em um... porque, afinal isto anda tudo ligado, nós é que às vezes não lemos nas entrelinhas...
EC
I'm Here
ver também: http://lapiselviracs.blogspot.pt/2012/04/2-de-abril.html
EC
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ver também: http://lapiselviracs.blogspot.pt/2012/04/2-de-abril.html
domingo, 1 de abril de 2012
“María e Eu”, uma banda desenhada sobre autismo
Já tínhamos visto o documentário. Agora chega a Portugal o livro de BD com a história de Miguel Gallardo e da filha María
O ilustrador espanhol Miguel Gallardo desenhou a história da filha María, autista, e o seu relacionamento com a sociedade, num livro editado este mês em Portugal e apresentado em Lisboa, segunda-feira, Dia Mundial da Consciencialização do Autismo.
María e Eu
De Miguel Gallardo e María Gallardo
Edições ASA
64 págs, Duas Cores, Capa Dura
Distribuído a 20 de Março
PVP: 15€
De Miguel Gallardo e María Gallardo
Edições ASA
64 págs, Duas Cores, Capa Dura
Distribuído a 20 de Março
PVP: 15€
“María e Eu”, editado pela Asa, foi publicado em Espanha em 2008, quando María tinha 12 anos. O autor relata uma semana de férias com a filha, descrevendo as características particulares de quem é autista e a forma como os outros olham para ela, precisamente por causa do autismo.
“Não há quem fale nisto na primeira pessoa e com esta sensibilidade, por isso eu tinha que o publicar. Não é lamechas e tem sentido de humor”, explicou a editora Maria José Pereira à Agência Lusa.
O livro valeu a Miguel Gallardo um prémio e duas nomeações na área da banda desenhada, em Espanha, foi adaptado para um documentário (apresentado no ano passado em Lisboa) e pode ser visto como “um relato, um livro de ajuda, um livro de banda desenhada”, disse a editora. “Um manual não convencional para educadores e profissionais que têm que lidar com este tipo de problemas”, referiu.
Miguel Gallardo apresenta uma mancha gráfica que usa habitualmente com a filha María, imagens simples e inequívocas que relatam os rituais da filha, manifestações de alegria ou tristeza e alguns dos comportamentos de quem sofre desta síndrome. O autor também desenhou as caras de quem não sabe lidar com María, de quem tem medo do desconhecido, da estranheza. “Gosto de desenhar para ela e que isso seja uma forma de comunicarmos”, escreveu Miguel Gallardo.
Os direitos das pessoas
“María e Eu” será apresentado na segunda-feira, dia 2 de Abril, na Fundação Calouste Gulbenkian, numa sessão que assinala o Dia Mundial da Consciencialização do Autismo, organizada pela Federação Portuguesa de Autismo. No encontro serão debatidos os direitos das pessoas com autismo, com a presença de vários especialistas na área.
A presidente da Federação Portuguesa de Autismo, Isabel Cottinelli Telmo, considera aquele livro mais um instrumento para ajudar a explicar o que significa uma criança ter uma perturbação do desenvolvimento relacionada com o autismo. “É um livro interessante para as crianças mais velhas, talvez do terceiro e quarto ciclos, porque têm mais dificuldade em aceitar as pessoas autistas”.
No encontro em Lisboa, além do lançamento do livro, decorrerão debates com pediatras, pais, técnicos profissionais e representantes das várias associações que integram a Federação Portuguesa de Autismo.
in: P3 Publico
Sessão Comemorativa
Os nossos direitos
Fundação Calouste Gulbenkian
Auditório 3Entrada Livre
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