Da vida, a memória trazia-lhe
breves rumores ao pensamento. Tinha decidido tirar dela o máximo prazer, tivesse
que partir de novo onde tudo venha justamente do nada. Acontecia, agora
reconhecer-se como um reinício, sempre obrigando-se a não olhar-se no espelho,
não pelas rugas nele espelhadas ao milímetro, consciente que pouco importava o
monótono aspeto físico. Guardaria ânimo para recomeçar sem melindres ou
lamentos. Sem pressa iria sozinha alcançar a meta pré destinada a rasgar-se do
próprio eu.
Elvira Cristina Silva
Sem comentários:
Enviar um comentário