Numa semana em que me parece que alguns docentes ainda não compreendem bem o que é Educação Pré-Escolar sinto a necessidade de partilhar este post:
"A Educação de Infância tem vindo a ser progressivamente considerada a etapa inicial de educação básica. As razões que têm levado os países a actuar na base desse pressuposto derivam dos dados provenientes da investigação (que confirmam a vantagem educativa para as crianças da frequência de educação Pré-Escolar) e das características das sociedades desenvolvidas (urbanizadas, massificadas, informatizadas, mediatizadas, globalizadas e multiculturais) que tornam as famílias cada vez mais desprotegidas, impreparadas e indisponíveis para uma educação completa das crianças.
A frequência de um contexto formal tem-se tornado, assim, indispensável para proporcionar às crianças vivências alargadas, relevantes e adequadas que contribuam para a preparação para uma vida cujas características já experimentaram através da família e dos media.
Educar para uma acumulação de conhecimentos deixou de ser a grande finalidade da educação, apontando-se antes para a necessidade de proporcionar a cada indivíduo as condições que lhe permitam aproveitar e utilizar, do berço até ao fim da vida, todas as oportunidades que se lhe oferecem no sentido de actualizar, aprofundar e enriquecer os seus primeiros conhecimentos e de se adaptar a um mundo em permanente mudança.
Trabalhar de forma qualitativamente superior em educação de infância pressupõe que o educador seja capaz de responder adequadamente não só à diversidade das infâncias, observável nos diferentes contextos educativos, mas também que o educador seja um profundo conhecedor das áreas de conteúdos que aborda e que utilize estratégias de documentação e avaliação que fundamentem o desenvolvimento do currículo, os
processos de ensino e de aprendizagem.
Actualmente, assiste-se no nosso país, à semelhança do que acontece internacionalmente, a uma preocupação com a avaliação e o desenvolvimento do currículo na Educação Pré-Escolar, sobretudo procurando formas de regulação do sistema.
A Educação de infância tem, contudo, especificidades às quais não se adequam todas as práticas e formas avaliativas utilizadas tradicionalmente noutros níveis de ensino. Por outro lado, nesse contexto, assiste-se também a uma mudança ao nível dos papéis normalmente desempenhados no processo de avaliação: os educadores de infância tendem a envolver-se de forma mais intencional porque os resultados da avaliação lhes permite conhecer melhor as crianças e avaliar o seu próprio trabalho promovendo o seu crescimento profissional e são, ainda, úteis para suportar a continuidade do processo educativo; as crianças deixam de ter um papel passivo assumindo um papel mais activo e podem descobrir que os seus esforços são valorizados e os pais deixam de ser receptores passivos dos resultados de avaliação e passam a colaborar em todo o processo.
Podem contribuir com os seus conhecimentos sobre a criança e na elaboração de registos ao longo de toda a experiência educacional.
“Os pais não podem apenas ser vistos como receptores dos resultados da avaliação mas também como participantes de forma colaborativa no processo” (Zabalza, 2000).
Conhecer os objectivos e os projectos educativos e pedagógico, ter informações sobre o que está a acontecer e o que os seus filhos experienciam e colaborar no processo de avaliação facilita a compreensão e a valorização da componente educativa do jardim de infância e promove a confiança dos pais no profissional de educação de infância e na Educação em geral."
in: http://maiseducacaodeinfancia.blogspot.com/
4 comentários:
De facto parece-me que ainda é preciso postar artigos informativos desta natureza... que eles sirvam para alguma coisa de util, junto de quem deles necessita. (Receio bem é que os docentes que eventualmente ainda não compreendem bem o que é a educação pré-escolar e o seu importante papel no mundo e nas sociedades, também o venham a entender, com toda a informação possivel... muitas vezes isso é mal de caracter, de sensibilidade e de vontade).
Apenas posso dizer que ainda existe muita gente mal-formada neste Mundo!!!
Pior cego é aquele que não quer ver...e mais não digo!!!
É sempre bom ler uma reflexão que valoriza a Educação Pré - Escolar.
Pergunto-me para onde vamos? e porquê?
Posso argumentar que presentemente encontrei um modelo pedagógico com qual me identifoc e acredito nos seus principios e na metodologia em si. E quando eu (educadora)deixo de papel central e observo que as crianças são aprendizes e transmissoras de conhecimentos é fascinante....
Quando o educador funciona como mediador e não apenas como mero transmissor de conhecimentos permite estratégias diferentes de aprendizagem. Fico feliz Patricia!!!
Pois tb concordo com o Nelson: mtos não querem ver e nem se esforçam e aproveitando o q refere a Cristina, ainad há mesmo muita falt de sensibilidade. Mas deixo só uma questão:
Quem foi que escolheu a profissão?
Um abraço a todos!!!
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