Uma das competências do ser humano, talvez a mais primitiva, indicação de uma mente funcionamente, observável já no bébé recém nascido, respeita à ressonância espontânea de estar em relação (um estado de mutualidade) em que cada um implicitamente se define pelo outro e se compara. Este processo é inconsciente e automático, mas pode ser tornado mais deliberado quando se reflecte sobre os sentidos implícitos dos relacionamentos.
É o que se passa no nosso planeta - todos os seres estão ligados em cadeia e dependem uns dos outros para sobreviver - como um dominó gigante colocado com as suas peças em pé: se cai a primeira peça, acabam por cair muitas peças mais!
Quando o homem destrói as florestas, polui os mares ou decide caçar elefantes pelos seus dentes de marfim, faz estremecer todas as peças do gigante dominó...
Aqui encontra-se subjacente a problemática da motivação e na crença de um lugar a respeitar e a compartilhar por todos.
Mesmos as crianças muito pequenas mostram-se capazes de se preocupar com o que está em seu redor. São sensíveis ao sofrimento ou alegria dos outros. Ressoam aos valores de verdade e de bem ao seu nível de compreensão da realidade que as rodeia, surpreendem-se com o inesperado e deixam-se fascinar pelo belo - a natureza, a côr, a luz, a música - a magia da vida...
Tudo seria mais fácil se cada um se colocasse no lugar do outro!
EC
2 comentários:
Não posso deixar de dizer algo, dada a carga que está presente em cada uma das palavras do texto que aqui postou. Esta realidade é um facto, quer para questões do ambiente, quer para todas as outras questões de vida que se prendem com o ser humano. Ainda assim, parece-me que poucos refectem o suficiente sobre estes temas e poucos percebem que as nossas acções individuais contribuem para aquilo que vamos colhendo no nosso e no caminho dos outros.
Obrigada pela mensagem e até breve.
Cristina
Olá Cristina
São valores em que acredito, embora nem sempre as questões de cidadania e de direitos humanos sejam tidas em conta na sociedade actual. Alguns fazem a diferença e é nisso que quero continuar a acreditar!
Obrigada pela mensagem.
EC
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