Os Dias da Música regressam ao CCB. A grande festa da música erudita conta nesta edição também com tango, jazz, ragtime, blues e música tradicional javanesa.
Lusa 13:09 Sexta feira, 15 de abril de 2011
A orquestra Filarmónica de Brno (República Checa) abriu os Dias da Música, que até domingo incluem mais de 66 concertos no Centro Cultural de Belém (CCB), em Lisboa, com peças compostas entre 1833 e 1945.
Pela primeira vez o concerto inaugural da iniciativa integra uma peça de um compositor português, o poema sinfónico "Paraísos Artificiais" (1910), de Luís de Freitas Branco
A orquestra checa, dirigida por Leos Svárovski, interpretará ainda a Sinfonia n.º9, "Do Novo Mundo", de Antonin Dvorák e "Rhapsody in Blue", de George Gershwin. Será solista o pianista português Jorge Moyano.
Ao longo dos próximos dois dias serão interpretadas peças de seis compositores nacionais, ficando de fora, do período escolhido, Francisco Lacerda, lamentou o presidente da Fundação CCB, António Mega Ferreira.
O responsável referiu que o facto se deveu "a circunstâncias várias" e "até porque nem sempre os músicos nacionais incluem no seu repertório compositores portugueses".
Além de Luís de Freitas Branco serão interpretadas obras de António Fragoso, Joly Braga Santos, Armando José Fernandes, Vianna da Motta, Fernando Lopes-Graça e ainda temas de Armandinho e Pedro Jóia.
De 1883 a 1945
Os Dias da Música incluem na edição deste ano tango, jazz, ragtime, blues e música tradicional javanesa, ao lado da criação de tradição ocidental com compositores europeus e também americanos.
No período escolhido, de 1883, quando morreu Richard Wagner, a 1945, quando terminou a II Grande Guerra, "assiste-se a uma perda do monopólio europeu da tradição musical ocidental, e ao deslocamento do eixo da produção musical ocidental da Europa para algures no meio do oceano Atlântico, entre a Europa e as Américas do Norte e do Sul", considera Mega Ferreira.
Nestes dois dias de música será possível ouvir compositores menos habituais nas salas de concerto portuguesas como Federico Mompou, Pavel Haas, Erick Korngolg, ou Paul Bowles ao lado de autores de jazz, ragtime e tango como Carlos Gardel, Astor Piazzola, Duke Ellington, Count Basie e Jimmie Lunceford.
Paralelamente, na sala Amália Rodrigues do CCB, apresentam-se várias escolas de música numa parceria com o Ministério da Educação, estando previstos seis concertos.
A programação integra ainda concertos para bebés, "clube de jazz para miúdos", oficinas de música e de criação musical e conversas com músicos, entre outras iniciativas.
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in: expresso on line
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