Prisioneiro em mim
Jomad´o
Sado
Chiado
Editora (2014)
Um olhar de um pai sobre o que se tem de mais avultado: um descendente.
Assaz especial, descreve-o nos seus poemas mas igualmente descreve os amigos e a
família.
Não se definindo como poeta, o autor versa nas rimas que escreve peripécias
do ser humano, alguns episódios históricos, em particular uma ode à
nacionalidade.
Fala de si próprio:
“Dou
por mim a pensar nas coisas do mundo”
in:
Pensamentos Incertos (pág. 39)
Narra nos poemas que escreve, a sua melancolia:
“(...)
São
depressivos alguns destes versos,
também
o são a missão e a viagem
mas
sempre conheço novos universos
ficou
de tudo com uma verídica imagem
(...)
in: A viagem (pág. 62)
anseios e desejos:
(...)
“Entre
edifícios, ruas e becos desertos
Sem
para trás olhar e, de olhos bem abertos
Caminho
sempre sem cessar
Um
porto de abrigo, um refúgio onde me encontrar
(...)
in: A viagem (pág. 61)
mágoas e revoltas:
“Estou
prisioneiro de mim próprio,
Refém
sem resgate, sem salvação possível
Afecto
a dogmas de uma lei de carácter impróprio
Que
congela e destrói tudo aquilo que é visível
(...)
E
é tão intenso o calor da raiva exasperada
Que
até a luz para longe dela se aparta
Fugindo
da vida em grande debandada
Dói
muito, Dói mesmo que se farta”
in:
Prisioneiro em mim (pág. 87)
Fala da crise e de política, notoriamente fala da vida, não deixando de
abordar a morte, pois o que é a vida senão uma viagem.
Para
conhecer melhor o seu conteúdo há que adquirir este livro e ao fazê-lo pratica
um gesto solidário pois contribui para ajudar a APPDA - Setúbal Associação
Portuguesa para as Perturbações do Desenvolvimento e Autismo.
Elvira Cristina
Silva
in: Sugestão de leitura: Newsletter nº 70 pág. 7 (março 2014- 2.ª quinzena) Pró-Inclusão