quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009
Música
13 e 14 Fevereiro
AUDITÓRIO
21.30
Música
In-canto, de luísa amaro
LUÍSA AMARO (guitarra portuguesa) ANTÓNIO EUSTÁQUIO (guitolão), GONÇALO LOPES (clarinetes) BALTAZAR MOLINA (percussão oriental)
CONCEPÇÃO CÉNICA: RUI LOPES GRAÇA
Viajou durante 24 anos pelo Mundo, tocando com Carlos Paredes, e desenvolveu uma forma única de compor que nos lembra sempre Portugal e a mistura cultural que experimentámos nos últimos 500 anos. Luísa Amaro, a primeira mulher a gravar em guitarra portuguesa, editou, em 2004, o CD Canção para Carlos Paredes, iniciando assim um percurso corajoso de uma mulher enamorada por um instrumento até então masculino.
Actualmente, Luísa Amaro prossegue o seu trabalho na procura de novos caminhos para a guitarra portuguesa, tendo criado o projecto IN-CANTO, para guitarra portuguesa e para um novo instrumento português – o guitolão. Este instrumento, o único existente no Mundo, teve origem numa sugestão que Carlos Paredes apresentou ao construtor Gilberto Grácio e que este concretizou anos depois. O seu som, absolutamente português e único, cruza-se com outros sons, juntando-se à percussão árabe, descobrindo novos timbres e envolvências musicais.
Para tal, foram convidados, para além de António Eustáquio, Baltazar Molina, um estudioso da percussão oriental, e Gonçalo Lopes, clarinetista com vasto repertório de música oriental.
IN-CANTO é um projecto pioneiro que rompe, uma vez mais, com a exclusiva ligação da guitarra portuguesa ao fado e ao masculino. Neste espectáculo, o apelo à sensibilidade, à espiritualidade e à transcendência musical marcam presença. IN-CANTO estará pronto a encantar, com repertório adequado e com novas músicas da autoria de Luísa Amaro e peças clássicas como Capricho Árabe, de Tarrega.
Meditherranios, o novo projecto do grupo, é a chave para compreendermos o lirismo da sua música, juntando a guitarra portuguesa, o guitolão, o clarinete baixo e a percussão oriental.
Indo contra todas as convenções da guitarra portuguesa, Luísa Amaro faz uma viagem baseada unicamente no seu amor por um instrumento que nos lembra sempre os ecos de tempos antigos, estejam eles na Coimbra ancestral ou na nossa maneira de sentirmos o Mediterrâneo.
O guitolão sugere-nos o alaúde árabe, o clarinete segue viagem entre os Balcãs e a Turquia, a percussão oriental leva-nos do Egipto à Pérsia e a guitarra portuguesa devolve-nos ao ponto de partida...
Programa:
Apresentação do CD Meditherranios
Preço: € 15.00
M/6
Duração aprox: 75 minutos, sem intervaloCo-produção: Fundação Oriente/Hepta
AUDITÓRIO
21.30
Música
In-canto, de luísa amaro
LUÍSA AMARO (guitarra portuguesa) ANTÓNIO EUSTÁQUIO (guitolão), GONÇALO LOPES (clarinetes) BALTAZAR MOLINA (percussão oriental)
CONCEPÇÃO CÉNICA: RUI LOPES GRAÇA
Viajou durante 24 anos pelo Mundo, tocando com Carlos Paredes, e desenvolveu uma forma única de compor que nos lembra sempre Portugal e a mistura cultural que experimentámos nos últimos 500 anos. Luísa Amaro, a primeira mulher a gravar em guitarra portuguesa, editou, em 2004, o CD Canção para Carlos Paredes, iniciando assim um percurso corajoso de uma mulher enamorada por um instrumento até então masculino.
Actualmente, Luísa Amaro prossegue o seu trabalho na procura de novos caminhos para a guitarra portuguesa, tendo criado o projecto IN-CANTO, para guitarra portuguesa e para um novo instrumento português – o guitolão. Este instrumento, o único existente no Mundo, teve origem numa sugestão que Carlos Paredes apresentou ao construtor Gilberto Grácio e que este concretizou anos depois. O seu som, absolutamente português e único, cruza-se com outros sons, juntando-se à percussão árabe, descobrindo novos timbres e envolvências musicais.
Para tal, foram convidados, para além de António Eustáquio, Baltazar Molina, um estudioso da percussão oriental, e Gonçalo Lopes, clarinetista com vasto repertório de música oriental.
IN-CANTO é um projecto pioneiro que rompe, uma vez mais, com a exclusiva ligação da guitarra portuguesa ao fado e ao masculino. Neste espectáculo, o apelo à sensibilidade, à espiritualidade e à transcendência musical marcam presença. IN-CANTO estará pronto a encantar, com repertório adequado e com novas músicas da autoria de Luísa Amaro e peças clássicas como Capricho Árabe, de Tarrega.
Meditherranios, o novo projecto do grupo, é a chave para compreendermos o lirismo da sua música, juntando a guitarra portuguesa, o guitolão, o clarinete baixo e a percussão oriental.
Indo contra todas as convenções da guitarra portuguesa, Luísa Amaro faz uma viagem baseada unicamente no seu amor por um instrumento que nos lembra sempre os ecos de tempos antigos, estejam eles na Coimbra ancestral ou na nossa maneira de sentirmos o Mediterrâneo.
O guitolão sugere-nos o alaúde árabe, o clarinete segue viagem entre os Balcãs e a Turquia, a percussão oriental leva-nos do Egipto à Pérsia e a guitarra portuguesa devolve-nos ao ponto de partida...
Programa:
Apresentação do CD Meditherranios
Preço: € 15.00
M/6
Duração aprox: 75 minutos, sem intervaloCo-produção: Fundação Oriente/Hepta
terça-feira, 10 de fevereiro de 2009
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009
Vicky Cristina Barcelona
Woody Allen descomplica o amor por lhe aceitar a irracionalidade
24/10/2008Cíntia Bertolino
Na cena final de Noivo Neurótico, Noiva Nervosa (Annie Hall, 1977), Woody Allen lembra uma piada antiga. Um homem diz a um psiquiatra: "Doutor, meu irmão é maluco, ele pensa que é uma galinha". O médico diz: "Então, porque você não o interna?". Ao que Allen responde: "Bem, eu o internaria, mas acontece que preciso dos ovos". À piada segue uma pequena, porém brilhante, reflexão: "Assim é como me sinto sobre relacionamentos, eles são completamente irracionais, malucos, absurdos, mas continuamos, insistimos porque a maioria de nós precisa dos ovos".
Absolutamente coerente com a "filosofia dos ovos", depois de tantos anos esmiuçando os paradoxos do romance, Woody Allen ainda tem muito o que dizer sobre a irracionalidade, a maluquice, os absurdos de um relacionamento amoroso.
Vicky Cristina Barcelona tem esse mesmo leitmotiv. Mas o tratamento aqui é outro. Há uma leveza maior sem, no entanto, banalizar ou simplificar as emoções dos personagens. Talvez o tempo tenha amenizado a angústia e o diretor e roteirista tenha compreendido que algumas coisas nem sempre podem ser analisadas de forma racional e cartesiana. Às vezes, nem um analista ajuda.
Isso parece ser dito na abertura do filme. E é dito de forma alegre, quase descompromissada, graças à saltiante música-tema "Barcelona", de Giulia & Los Tellarini, que pergunta: "Por que tanto perde-se/Tanto buscar-se/Sem encontra-se?".
Vicky Cristina Barcelona acompanha duas amigas de férias na capital catalã. Vicky (Rebecca Hall) é centrada, prática. Cristina (Scarlett Johansson) é o oposto: impulsiva, meio-artista. Em Barcelona, no verão, as duas visitam os cartões postais da cidade, vagueiam pelas ruas ensolaradas e numa noite conhecem Juan Antonio (Javier Bardem), um pintor que teve um divórcio conturbado da mulher, Maria Elena (Penélope Cruz), linda - e maluca.
O encontro entre as garotas e Juan Antonio parece dizer ao público: "bem, agora sim elas chegaram a Barcelona". Agora, sim, o filme começa. E é o que de fato acontece. Surgem então as observações espirituosas, o humor e as idiossincrasias tão caras ao director. Enquanto um personagem se questiona se o amor autêntico é o que dá sentido à vida, outro pergunta com afectação a um casal de amigos se eles têm idéia de quanto custa um tapete oriental.
Como diria um especialista em metafísica transcendental que não acredita na conquista da Lua, o mundo pode ser dividido justamente assim. Entre os que querem saber o que dá sentido à vida e os que se importam verdadeiramente com o valor de mercado de uma bela tapeçaria.
Se valeu a pena a cidade de Barcelona ter investido dinheiro no projeto de Woody Allen? Indiscutivelmente. Vicky Cristina Barcelona é um dos filmes de verão mais charmosos dos últimos anos. E prova que não é preciso muita elucubração intelectual para absorver a cidade, sua estética, seu espírito. A beleza dela - assim, sem filtros, com todos os temperamentos catalães que tem a extravasar - está à distância de um toque.
Woody Allen descomplica o amor por lhe aceitar a irracionalidade
24/10/2008Cíntia Bertolino
Na cena final de Noivo Neurótico, Noiva Nervosa (Annie Hall, 1977), Woody Allen lembra uma piada antiga. Um homem diz a um psiquiatra: "Doutor, meu irmão é maluco, ele pensa que é uma galinha". O médico diz: "Então, porque você não o interna?". Ao que Allen responde: "Bem, eu o internaria, mas acontece que preciso dos ovos". À piada segue uma pequena, porém brilhante, reflexão: "Assim é como me sinto sobre relacionamentos, eles são completamente irracionais, malucos, absurdos, mas continuamos, insistimos porque a maioria de nós precisa dos ovos".
Absolutamente coerente com a "filosofia dos ovos", depois de tantos anos esmiuçando os paradoxos do romance, Woody Allen ainda tem muito o que dizer sobre a irracionalidade, a maluquice, os absurdos de um relacionamento amoroso.
Vicky Cristina Barcelona tem esse mesmo leitmotiv. Mas o tratamento aqui é outro. Há uma leveza maior sem, no entanto, banalizar ou simplificar as emoções dos personagens. Talvez o tempo tenha amenizado a angústia e o diretor e roteirista tenha compreendido que algumas coisas nem sempre podem ser analisadas de forma racional e cartesiana. Às vezes, nem um analista ajuda.
Isso parece ser dito na abertura do filme. E é dito de forma alegre, quase descompromissada, graças à saltiante música-tema "Barcelona", de Giulia & Los Tellarini, que pergunta: "Por que tanto perde-se/Tanto buscar-se/Sem encontra-se?".
Vicky Cristina Barcelona acompanha duas amigas de férias na capital catalã. Vicky (Rebecca Hall) é centrada, prática. Cristina (Scarlett Johansson) é o oposto: impulsiva, meio-artista. Em Barcelona, no verão, as duas visitam os cartões postais da cidade, vagueiam pelas ruas ensolaradas e numa noite conhecem Juan Antonio (Javier Bardem), um pintor que teve um divórcio conturbado da mulher, Maria Elena (Penélope Cruz), linda - e maluca.
O encontro entre as garotas e Juan Antonio parece dizer ao público: "bem, agora sim elas chegaram a Barcelona". Agora, sim, o filme começa. E é o que de fato acontece. Surgem então as observações espirituosas, o humor e as idiossincrasias tão caras ao director. Enquanto um personagem se questiona se o amor autêntico é o que dá sentido à vida, outro pergunta com afectação a um casal de amigos se eles têm idéia de quanto custa um tapete oriental.
Como diria um especialista em metafísica transcendental que não acredita na conquista da Lua, o mundo pode ser dividido justamente assim. Entre os que querem saber o que dá sentido à vida e os que se importam verdadeiramente com o valor de mercado de uma bela tapeçaria.
Se valeu a pena a cidade de Barcelona ter investido dinheiro no projeto de Woody Allen? Indiscutivelmente. Vicky Cristina Barcelona é um dos filmes de verão mais charmosos dos últimos anos. E prova que não é preciso muita elucubração intelectual para absorver a cidade, sua estética, seu espírito. A beleza dela - assim, sem filtros, com todos os temperamentos catalães que tem a extravasar - está à distância de um toque.
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É Woody Allen sem dúvida. Só podia ser!!
O labirinto amoroso que já conhecemos de outros argumentos de Woody Allen que é tudo menos simples...mas as relações humanas são isso mesmo...Complexas e é essa beleza do ser humano que vemos retratada numa comédia deliciosa, com a beleza da cidade de Barcelona como fundo.
EC
terça-feira, 3 de fevereiro de 2009
Há dias assim…
Há dias que teimam em começar…
Em que é quase doloroso levantar o corpo e iniciar o dia.
Mas…
Há dias que valem a pena !!
Há dias que começam bem.
Uma amiga telefona a agradecer as palavras e o gesto de ontem.
Alguém nos dedica uma música que não nos sai da cabeça e faz esvoaçar o corpo e quase levitar de prazer!
Uma colega faz uma surpresa e modifica o nosso espaço de trabalho com uma lufada de ar fresco!
Há dias que teimam em começar…
Em que é quase doloroso levantar o corpo e iniciar o dia.
Mas…
Há dias que valem a pena !!
Há dias que começam bem.
Uma amiga telefona a agradecer as palavras e o gesto de ontem.
Alguém nos dedica uma música que não nos sai da cabeça e faz esvoaçar o corpo e quase levitar de prazer!
Uma colega faz uma surpresa e modifica o nosso espaço de trabalho com uma lufada de ar fresco!
Convidam-nos para uma palestra só porque acreditam em nós!
Um amigo que nos telefona só porque sim.
Um aluno nos envia os parabéns mesmo que atrasados.
Alguém se lembra de nós e nos convida para sexta à noite!
Em que nos escrevem porque se lembram de nós.
Em que nos telefonam só para ouvir a nossa voz.
Em que uma criança nos oferece um desenho e nos estende os seus braços e nos faz sentir únicos no mundo!
Em que alguém nos diz: “gosto de ti”!
Que bom mesmo…
Há dias assim !!
Elvira Cristina Silva
(3 Fevereiro 2009)
Os Dias
Mafalda Veiga (2008)
http://www.youtube.com/watch?v=kjXyE6oMIHw
http://www.mafaldaveiga.sapo.pt/discos/disco10_faixa10.html
Um amigo que nos telefona só porque sim.
Um aluno nos envia os parabéns mesmo que atrasados.
Alguém se lembra de nós e nos convida para sexta à noite!
Em que nos escrevem porque se lembram de nós.
Em que nos telefonam só para ouvir a nossa voz.
Em que uma criança nos oferece um desenho e nos estende os seus braços e nos faz sentir únicos no mundo!
Em que alguém nos diz: “gosto de ti”!
Que bom mesmo…
Há dias assim !!
Elvira Cristina Silva
(3 Fevereiro 2009)
Os Dias
Mafalda Veiga (2008)
http://www.youtube.com/watch?v=kjXyE6oMIHw
http://www.mafaldaveiga.sapo.pt/discos/disco10_faixa10.html
domingo, 1 de fevereiro de 2009
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